No último mês, o estado do Paraná vivenciou uma combinação peculiar de condições climáticas, marcando novembro como um período de extremos. Segundo dados do Sistema de Tecnologia e Monitoramento Ambiental do Paraná (Simepar), diversas cidades do estado foram palco de recordes tanto de temperaturas elevadas quanto de precipitação pluviométrica.
Na capital, Curitiba, novembro foi marcado por uma surpreendente e intensa atividade pluviométrica, com a cidade registrando uma precipitação de 286,4 milímetros, mais que o dobro da média histórica para o período, que é de 115,72 mm. Esse volume de chuva faz deste novembro o mais chuvoso desde 1997, pelo menos. Os moradores enfrentaram um clima atípico, caracterizado por chuvas persistentes que superaram as expectativas.
Além disso, o Paraná testemunhou recordes de calor em diversas localidades. Em Antonina,aqui no litoral, o dia mais quente da história paranaense foi registrado em dezembro de 2018, atingindo 44,9ºC. Já em novembro deste ano, a cidade com a maior temperatura registrada num único dia foi Guaraqueçaba, marcando 42,1ºC.
Duas cidades, Fazenda Rio Grande, na Região Metropolitana de Curitiba (RMC), e Santo Antônio da Platina, no norte do Paraná, quebraram seus recordes históricos de temperatura, atingindo máximas de 34,9ºC e 39ºC, respectivamente.
Enquanto algumas regiões enfrentaram o desafio do calor excessivo, outras tiveram que lidar com chuvas abundantes. Dez municípios paranaenses, incluindo Curitiba, registraram recordes de chuva para o mês de novembro em 2023. Destacam-se Altônia (228,8mm), Cornélio Procópio (174,8), Francisco Beltrão (388,8), Laranjeiras do Sul (201,8), Palmas (416,2), Pato Branco (385,4), Pinhais (216,8), São Miguel do Iguaçu (421,6) e Ubiratã (256,6). Este cenário climático excepcional de novembro ressalta a complexidade e a variabilidade do clima na região, impactando diretamente a vida cotidiana dos paranaenses.
