Segundo relatos da avó de Camille, Marta de Souza, a jovem já havia expressado preocupações com a segurança do local, mencionando choques e vazamentos. “Camille já tinha reclamado de choque em padaria, que tinha vazamento e que ficava toda hora escorregando. Se tinha alguma coisa já não estava certo”, afirmou Marta de Souza.
O desabamento ocorreu apenas um dia após a inauguração do supermercado, que aconteceu na quinta-feira (21), com abertura ao público na manhã do dia do acidente. A área atingida principalmente foi a de panificação do estabelecimento, restrita para funcionários. As seis caixas d’água que desabaram junto com a laje tinham capacidade para 75 mil litros de água, de acordo com informações fornecidas pelo Corpo de Bombeiros.
Em meio à comoção, Marta de Souza lamentou a perda da neta, expressando sua dor ao perceber que não ouvirá mais as palavras carinhosas de Camille.
A investigação sobre o caso está em curso. O delegado Jader Roberto Ferreira Filho informou que um inquérito foi aberto para apurar as circunstâncias do acidente, incluindo a verificação do alvará de funcionamento do local. Até o momento, foram ouvidas dez pessoas, incluindo familiares das vítimas e representantes da empresa responsável pelas estruturas pré-moldadas da laje.
A Prefeitura de Pontal do Paraná divulgou que a empresa solicitou um alvará em novembro de 2023, e após uma série de trâmites, foram feitas exigências de documentação que deveriam ser providenciadas antes da abertura. No entanto, a prefeitura ressaltou que essas exigências não estavam relacionadas à questões estruturais, mas sim a documentos técnicos e urbanísticos. A Super Rede se pronunciou afirmando que está colaborando com as investigações e contratou peritos para analisar o incidente.
Enquanto as autoridades continuam a investigar as causas do trágico desabamento, a comunidade local permanece consternada diante da perda das vidas e dos ferimentos causados pelo acidente.