Santa Catarina confirma três casos da doença transmitida pelo ‘maruim’

Carlos Moraes
Foto: Reprodução

Nesta sexta-feira (26), a Secretaria de Estado da Saúde e a Secretaria Municipal de Saúde de Botuverá, no Vale do Itajaí, confirmaram três casos da Febre do Oropouche no município. De acordo com as secretarias, os exames foram encaminhados para um laboratório particular que detectou a presença do vírus no dia 25 de abril.

Os pacientes apresentaram sintomas entre os dias 10 e 15 de abril. De acordo com a Secretaria de Saúde, o quadro clínico era semelhante à infecção por dengue. Estes são os primeiros casos confirmados em Santa Catarina.

“Após a coleta de amostras que mostraram não se tratar de dengue, foram encaminhadas amostras para diagnóstico de oropouche. As pessoas têm entre 18 e 40 anos e não há histórico de deslocamento para fora do Estado”, informou através de nota.

O comunicado oficial ainda explica que as secretarias acompanham a situação, verificando a possibilidade da validação do diagnóstico dos casos pelo laboratório de saúde pública de referência nacional, considerando a orientação do Ministério da Saúde.

De acordo com o Ministério da Saúde, a Febre do Oropouche se assemelha aos sintomas de outras doenças, como a dengue. Ambas as doenças podem apresentar sintomas semelhantes, como febre, dores no corpo e nas articulações, dor de cabeça e fadiga.

No entanto, existem diferenças específicas nos sintomas e no curso da doença, e o diagnóstico diferencial é feito com base em testes específicos para cada vírus.

De acordo com o Ministério da Saúde, a febre oropouche é uma doença causada por um arbovírus.

Não existe tratamento específico, mas o paciente deve permanecer em repouso e ter acompanhamento médico.

A transmissão da doença não ocorre pela picada do Aedes aegypti (o da dengue) e sim através de outros mosquitos, sobretudo pelo Culicoides paraensis, conhecido como maruim.

Depois de picar uma pessoa ou animal infectado, o vírus permanece no sangue do mosquito por alguns dias. Se uma pessoa saudável receber a picada no mosquito infectado, ela pode contrair o vírus.

Eles se proliferam principalmente durante períodos de calor em ambientes úmidos, como em áreas próximas a mangues, lagos, brejos e rios.

Mas não são restritos a áreas rurais, estando presente em espaços urbanos com disponibilidade de água e matéria orgânica, sobretudo próximo a hortas, jardins e árvores.

Além disso, o Culex quinquefasciatus, uma das espécies popularmente chamada de pernilongo, também pode atuar como vetor.

VIA: ndmais
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