A Polícia Civil do Paraná (PCPR) concluiu uma complexa investigação relacionada ao trágico homicídio de uma jovem de 18 anos ocorrido em 21 de junho de 2023 durante uma festa privada em Morretes. Após meses de diligências intensas, um homem de 39 anos, que já se encontra preso pelo crime e tráfico de drogas na região do Central, foi indiciado também pelo homicídio da jovem.
Durante a festa, que contava com a presença de quatro pessoas, dois homens e duas mulheres, foi constatado que o investigado levou uma quantidade significativa de cocaína e bebidas para o evento. A vítima, uma jovem de 18 anos que não era usuária daquela substância, consumiu a droga que foi disponibilizada em cima de uma mesa, resultando em complicações graves para sua saúde.
A tragédia se desenvolveu quando a amiga da jovem, ao perceber a situação preocupante, alertou o homem responsável pelo fornecimento da droga, pedindo que cessasse imediatamente o fornecimento. Apesar do aviso, o suspeito ignorou as preocupações e manteve a substância. Minutos depois, a jovem sofreu uma overdose de cocaína, resultando em um mal súbito que levou ao seu falecimento.
A casa onde ocorreu o evento foi queimada no dia seguinte, possivelmente para encobrir provas, mas a polícia já possuía diversas informações sobre o caso, pois a investigação iniciou-se momentos após a notícia da morte da vítima.
De acordo com o Delegado André Rosa Silva, vários são os fatores que levaram ao indiciamento do suspeito pelo crime de homicídio. O simples ato de fornecer drogas não é, por si só, suficiente para responsabilizar alguém por danos à saúde do usuário. No entanto, o caso é complexo e houve um um conjunto de fatores, tais como, a idade da vítima, pois se tratava de uma jovem de 18 anos que não era acostumada com o uso de drogas, bem como o fato de ela estar alcoolizada, cuja bebida também foi fornecida pelo investigado. Além disso, o fator crucial de o investigado ter sido alertado sobre as consequências do fornecimento de uma droga pesada como a cocaína e, mesmo assim, ignorado as advertências. A responsabilidade pelo trágico desfecho não se limita apenas ao fornecimento da droga, mas à consciência das circunstâncias e à falta de ações preventivas por parte do investigado.
A conclusão desse caso complexo reflete o compromisso da Polícia Civil em buscar a justiça e responsabilizar aqueles que contribuem para eventos trágicos como este.
Fonte: PCPR