Haddad afirma que reforma tributária sobre renda deverá ser votada neste ano

Redação Litorânea
Imagem: Reprodução/Agência Brasil

Nessa terça-feira, 17 de janeiro, o Ministro da Fazenda, Fernando Haddad, afirmou que o Governo pretende votar, no segundo semestre, a proposta de reforma tributária voltada sobre a renda; já a parte centrada nos impactos sobre o consumo deve ser votada no primeiro semestre.

Haddad deu as informações ao participar do Fórum Econômico Mundial, em Davos, na Suíça, na ocasião ele afirmou que “a reforma tributária que nós queremos votar no primeiro semestre é no imposto sobre o consumo. Mas, no segundo semestre, queremos votar uma reforma tributária sobre a renda para desonerar as camadas mais pobres do imposto e para onerar quem não paga imposto. Vamos reequilibrar o sistema tributário brasileiro para melhorar a distribuição de renda no Brasil”.

A correção da tabela do Imposto de Renda, o IR, é um dos pontos centrais na agenda econômica do novo governo e foi promessa de campanha de Lula. A ideia é ampliar a faixa de isenção do IR para quem ganha até R$ 5 mil, atualmente, o limite é de R$ 1.903,98 e o valor não é atualizado desde 2015. 

Durante o painel, Haddad disse que a ideia é construir um texto consensual, usando as duas propostas de emenda à Constituição que tramitam no Congresso Nacional, uma na Câmara dos Deputados e outra no Senado, e que vêm sendo debatidas pelos parlamentares. As propostas têm como base ideias elaboradas pelo secretário especial da Reforma Tributária, Bernard Appy.

O ministro também disse que, se as receitas e despesas federais voltarem ao nível anterior à pandemia de covid-19, o governo conseguirá zerar o déficit primário em dois anos. “Pretendemos voltar despesas e receitas ao mesmo patamar pré-crise da pandemia, que é 18,7% (do PIB, Produto Interno Bruto). Se conseguirmos isso em dois anos, conseguiremos zerar o déficit.”

Haddad também falou sobre a agenda econômica do governo. Entre os principais pontos, ele citou, além da âncora fiscal, a proposta de democratização do acesso ao crédito, a revisão da desoneração de impostos para alguns setores da economia, a agenda regulatória centrada na realização de parcerias público-privadas, concessões, investimentos por parte do estado e valorização do salário mínimo.

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