Governo Lula corta 61% da verba para campanha contra a dengue em meio a aumento de casos e mortes

Cleomar Diesel

O Brasil enfrenta uma grave crise de saúde pública com a escalada de casos e mortes por dengue, e, surpreendentemente, o governo Federal decidiu cortar drasticamente os recursos destinados à campanha de combate à doença. Em um momento crítico, em que o país já registrou mais de 1.000 óbitos relacionados à dengue apenas neste ano, o Ministério da Saúde liderado por Nísia Trindade reduziu em 61% o orçamento para a publicidade voltada à conscientização sobre a doença.

De acordo com dados alarmantes do Painel de Arboviroses do Ministério da Saúde, até a última quarta-feira (3), foram contabilizados 1.020 óbitos por dengue em todo o território nacional, com mais 1.531 mortes sob investigação. Além disso, os casos confirmados da doença já ultrapassam a marca de 2,6 milhões, indicando uma situação de extrema gravidade.

O governo anterior, sob gestão de Jair Bolsonaro, havia alocado um montante de R$31,6 milhões para a campanha de combate à dengue em 2022. Contudo, no primeiro ano da administração Lula, esse valor foi reduzido para meros R$12,2 milhões, após um corte drástico promovido pelo Ministério da Saúde. Esse montante, em valores corrigidos, representa o menor investimento já registrado na série histórica.

Os dados reveladores foram obtidos através de um cruzamento de informações realizado pelo site Poder360, utilizando dados do Sistema de Comunicação do Governo do Poder Executivo Federal. Tal redução nos recursos destinados à campanha contra a dengue levanta preocupações sobre a capacidade do país em lidar com a crescente epidemia da doença, que continua a ceifar vidas e a sobrecarregar o sistema de saúde.

Diante desse cenário crítico, diversos especialistas e autoridades da saúde têm criticado veementemente a decisão do governo, alertando para os potenciais impactos devastadores que essa diminuição de investimento pode acarretar. Enquanto a dengue continua a representar uma ameaça significativa à saúde pública, a necessidade de medidas efetivas e investimentos adequados se torna ainda mais premente, sob pena de agravamento da situação e aumento do número de vidas perdidas para essa doença evitável.

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