Dia 20 de Novembro é Dia da Consciência Negra

Redação Litorânea
O dia da Consciência Negra tem homenagens no monumento Zumbi dos Palmares, no centro do Rio de Janeiro.

Ninguém nasce odiando outra pessoa pela cor de sua pele, por sua origem ou ainda por sua religião. Para odiar, as pessoas precisam aprender, e se podem aprender a odiar, elas podem ser ensinadas a amar. (Nelson Mandela)

O Dia da Consciência Negra foi celebrado hoje (20) na cidade do Rio de Janeiro com uma roda de capoeira e a lavagem da estátua de Zumbi dos Palmares, no centro da cidade. A data é feriado nos estados do Rio de Janeiro, Alagoas, Amazonas, Amapá, Mato Grosso e Roraima, além de vários municípios brasileiros, como a cidade de São Paulo.

Apesar disso, a data, que marca a morte de Zumbi, líder do Quilombo dos Palmares e símbolo da resistência contra a escravidão, não é feriado nacional.

“Zumbi é um herói nacional e o único da história do Brasil que foi construído de baixo para cima, pelo povo, pela comunidade negra. Ele não é herói dos negros, pura e simplesmente, como se quer caracterizar, mas um herói da pátria. Ele está inscrito no Panteão da República e ainda não tem a reverência que deveria ter do Estado brasileiro”, disse o babalaô Ivanir dos Santos, da Comissão de Combate à Intolerância Religiosa (CCIR).

Para o presidente do Conselho Estadual dos Direitos do Negro (Cedine), Luiz Eduardo Negrogun, o dia é uma forma de celebrar a memória, a cultura e a ancestralidade dos negros.

“No momento que atravessamos hoje, quando o racismo está tão forte assim como a intolerância e violência religiosas, quanto enaltecemos esse legado, nós estamos dando uma opção para que as pessoas reflitam. Foi a unidade que fez esse país e é a unidade que vai nos manter”, disse Negrogun.

No Rio de Janeiro, foi promulgada ontem (19), no Diário oficial do Estado do Rio de Janeiro, a Lei Estadual 8623/2019, dos deputados André Ceciliano e Waldeck Carneiro (PT), que reconhece o marinheiro João Cândido Felisberto, conhecido como Almirante Negro, como herói do Rio de Janeiro.

João Cândido foi líder da Revolta da Chibata, um motim de marinheiros ocorrido em 1910, contra o uso de chibatadas por oficiais como punição para militares subalternos.

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