Secretários da Segurança avaliam operação integrada que prendeu 2,7 mil pessoas

Redação Litorânea
Foto: SESP-PR

Os secretários estaduais da Segurança Pública do Paraná, São Paulo, Mato Grosso do Sul, Minas Gerais e Rio de Janeiro, além de representantes de outras instituições governo federal, de estados e municípios, se reuniram, por videoconferência, nesta terça-feira (05) para avaliar os resultados da operação Fronteiras e Divisas Integradas I. A operação teve o objetivo de combater as organizações criminosas que atuam nessas regiões e resultou na prisão de 2.786 envolvidos e apreensão de 189 adolescentes.

A operação aconteceu no Oeste do Paraná, região de fronteira com o Paraguai, e nas rodovias federais e estaduais nas divisas dos estados. As ações gerais foram coordenadas pela Segurança Pública do Paraná e ocorreram em seis fases, de 13 de setembro a 03 de outubro. Juntas, as forças de segurança dos cinco estados e as demais instituições envolvidas, retiraram de circulação mais de 55,8 mil quilos de drogas, 424 armas de fogo e mais de 2,8 milhões de maços de cigarro. Também foram apreendidos 1.472 veículos e 687 celulares. Outros 487 veículos foram recuperados.

O secretário da Segurança Pública do Paraná, Romulo Marinho Soares, afirmou que a parceria e integração dos estados envolvidos foi essencial para o sucesso da operação. “Nosso objetivo é proporcionar segurança para a população e mostrar que várias forças de segurança estão trabalhando em conjunto para melhorar, cada vez mais, os índices de queda de criminalidade. Os resultados dessa grande operação mostram o diferencial que estamos construindo juntos”, disse ele.

REPRESSÃO E INVESTIGAÇÃO – A ação contou com trabalho de repressão e investigação das forças de segurança dos estados para a desestruturação e descapitalização do crime organizado que atua com o tráfico de drogas, contrabando, descaminho, roubo de carga e outros crimes patrimoniais e contra a vida. Durante os 21 dias da operação, as equipes policiais contaram com estrutura de viaturas, aeronaves, cães de faro, além de monitoração pelos Centros Integrados de Comando e Controle das Secretarias da Segurança dos Estados participantes.

Para o secretário de São Paulo, João Camilo Pires de Campos, o sistema foi eficiente e o resultado eficaz. “Essa operação representa muito mais do que estamos abordando aqui, pois a nossa força adversária é uma só e, com integração, alcançamos os resultados esperados. Quem ganha com isso é a população”, afirmou. “Juntos somos mais fortes.”

A integração dos estados foi enfatizada também pelo secretário de Justiça e Segurança Pública do Mato Grosso do Sul, Antonio Carlos Videira. “Essa integração tem proporcionado excelentes resultados. O Mato Grosso do Sul estará sempre disposto a participar, fomentar, compartilhar e fortalecer o diálogo com os outros estados, porque o resultado em nossa fronteira tem reflexo em outros locais dentro e fora do país”, afirmou.

Minas Gerais quer operações como essa aconteçam com frequência, segundo afirmou o secretário Rogério Greco. “Tem uma importância muito grande pra nós. Temos feito muitas operações integradas, não só com outros estados, mas internamente também”, contou.

O Rio de Janeiro integrou as fases cinco e seis desta operação. Participaram da videoconferência o delegado Gilbert Stivanello, da Subsecretaria de Planejamento e Integração Operacional da Polícia Civil, o chefe da 3º Seção do Estado-Maior da Polícia Militar, coronel Augusto de Andrade Tobias. “Queremos somar, integrar com as nossas forças policiais”, disse o delegado Stivanello.

PARTICIPANTES – Participaram da operação, pelo Paraná, as polícias Militar e Civil e Corpo de Bombeiros, com apoio da Polícia Científica e do Departamento Penitenciário (Depen), integrantes do Centro de Inteligência Estratégica, do Departamento de Inteligência e do Centro Integrado de Comando e Controle Regional. Também participaram a Polícia Rodoviária Federal, o Exército e a Marinha do Brasil, a Agência Brasileira de Inteligência (Abin), a Receita Federal, a Receita Estadual, os Portos do Paraná e a Empresa Brasileira de Infraestrutura Aeroportuária (Infraero).

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