Polícia Civil do Paraná alerta para golpe da falsa venda em Redes Sociais

Cleomar Diesel
Foto: Fábio Dias / EPR

A Polícia Civil do Paraná (PCPR) emitiu um alerta à população sobre o golpe da falsa venda nas redes sociais, fornecendo informações cruciais para evitar cair na armadilha e orientações sobre os passos a serem tomados caso alguém seja vítima dessa prática criminosa.

O golpe se inicia quando o criminoso invade o perfil da vítima em uma rede social e oferece diversos produtos fictícios a preços significativamente abaixo do mercado, alegando estar em ótimo estado de conservação. As negociações começam quando os golpistas se fazem passar por conhecidos da pessoa que teve o perfil invadido.

“Durante a negociação, os suspeitos oferecem o produto a um preço muito abaixo do mercado. Por exemplo, uma televisão que custa R$ 5 mil é anunciada por R$ 2 mil. A vítima aceita, realiza o pagamento por pix ou transferência bancária, mas não recebe o produto, ficando no prejuízo”, explica o delegado José Barreto da PCPR.

Para evitar cair nesse tipo de golpe, é crucial desconfiar de ofertas irresistíveis nas redes sociais, especialmente se o contato alega estar se desfazendo de objetos ou precisando de dinheiro para uma viagem. Durante a negociação, a pessoa deve permanecer alerta e verificar se o nome da conta para transferência bancária coincide com o nome do conhecido.

O delegado Barreto aconselha entrar em contato com a pessoa por telefone, chamada de vídeo ou até mesmo marcar um encontro pessoalmente para garantir a autenticidade da venda anunciada.

Para prevenir invasões de perfil, é essencial desconfiar de links recebidos e evitar clicar neles. Outra medida é habilitar a verificação em duas etapas, preferencialmente por meio de um aplicativo autenticador. Essa camada extra de segurança exige que o cibercriminoso forneça um código para invadir a conta, caso a vítima clique em um link malicioso.

Registro de Ocorrência e Precauções Pós-Golpe

Caso alguém seja vítima desse golpe, é fundamental registrar imediatamente um Boletim de Ocorrência (B.O). O procedimento pode ser realizado online no site da PCPR (www.policiacivil.pr.gov.br/BO) para maior agilidade e comodidade. Além disso, a vítima deve comunicar seus contatos sobre o ocorrido, evitando que mais pessoas sejam lesadas por transferências indevidas.

O delegado recomenda reunir todas as evidências relevantes ao registrar o B.O, como informações sobre a conta bancária utilizada na transferência, o perfil invadido, e outros detalhes que possam auxiliar na investigação policial. “Fornecer o máximo de dados disponíveis, como a conta bancária da transferência, o perfil invadido e utilizado para enganar a vítima, juntamente com informações como data e hora do ocorrido, ajuda no esclarecimento dos fatos por parte da polícia civil”, conclui Barreto.

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