Morre, aos 86 anos, o ator, cantor, compositor e apresentador Rolando Boldrin

Redação Litorânea

Na tarde desta quarta-feira, 09 de outubro, morreu em São Paulo, aos 86 anos, o ator, cantor, compositor e apresentador da TV Cultura, Rolando Boldrin; a causa da morte foi Insuficiência respiratória e renal, segundo informações da emissora, ele estava internado no Hospital Albert Einstein havia dois meses.

Com mais de 60 anos de carreira na TV, Rolando Boldrin apresentou o programa musical “Sr. Brasil” por 17 anos; com grandes sucessos, Boldrin se consagrou como um dos principais expoentes da cultura sertaneja e das raízes da música caipira no Brasil.

Em nota, a TV Cultura disse: “Ele tirou o Brasil da gaveta’ e fez coro com os artistas mais representativos de todas as regiões do país. Em seu programa, o cenário privilegiava os artesãos brasileiros e era circundado por imagens dos artistas que fizeram a nossa história, escrita, falada e cantada, e que já viajaram, muitos deles ‘fora do combinado’, conforme costumava dizer Rolando”.

Um dos grandes sucessos de Boldrin na televisão foi o Som Brasil, que começou no rádio e estreou na TV Globo em 1981. O programa foi criado pelo próprio artista; no Som Brasil, Rolando Boldrin contava causos, dançava e exibia peças teatrais e pequenos documentários. Mas o destaque eram as atrações musicais com forte apelo à cultura popular brasileira.

Na televisão, ainda apresentou os programas “Empório Brasileiro” na TV Bandeirantes e “Empório Brasil” no SBT. Na TV Cultura, estava à frente do “Sr. Brasil” desde 2005; Boldrin também fez carreira na teledramaturgia. Como ator, Rolando atuou em mais de 30 novelas, como “O Direito de Nascer”, “As Pupilas do Senhor Reitor”, “Os Deuses Estão Mortos”, “Quero Viver”, “Mulheres de Areia”, “Os Inocentes”, “A Viagem”, “O Profeta”, “Roda de Fogo”, “Cara a Cara”, “Cavalo Amarelo” e “Os Imigrantes”.

Segundo a nota da Fundação Padre Anchieta, Boldrin dizia que era fundamentalmente um ator: “esse tem sido meu trabalho a vida inteira; radioator, ator de novela, de teatro, de cinema, um ator que canta, declama poesias e conta histórias”.

Boldrin era o sétimo filho de uma família de 12 irmãos, nascido em 22 de outubro de 1936; saído do interior de São Paulo, da cidade de São Joaquim da Barra, ele virou ator de filmes premiados e de novelas acompanhadas no Brasil inteiro e até no exterior, tornando-se compositor, cantor, apresentador e, claro, grande contador de causos.

A voz ide Rolando Boldrin se tornou um sucesso na Rádio São Joaquim da Barra; de lá, o artista passou a fazer narrações de grandes projetos nacionais; na música, o Boldrin gravou 174 obras de diversos estilos musicais ao longo de 60 anos de carreira; além do rádio, da música e da televisão, Boldrin também trabalhou no cinema, com os filmes “Doramundo”, “O Tronco” e “O Filme da Minha Vida”.

No fim da nota a emissora escreveu: “A TV Cultura agradece pela honra de ter contado com o brilhantismo de Boldrin em sua programação. E manifesta os mais sinceros sentimentos aos familiares e amigos deste artista gigante que jamais será esquecido”.

O velório de Boldrin será realizado na Assembleia Legislativa do Estado de São Paulo na próxima quinta-feira, 10 de novembro, das 8h às 15h, e será aberto ao público; ele será velado no Hall Monumental, e o acesso para visitação do público será feito pelo portão do estacionamento da avenida Pedro Álvares Cabral, 201; já o sepultamento ocorrerá no cemitério Gethsêmani Morumbi, às 17h.

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