Médicos pedem exoneração em massa diante de explosão de casos de dengue, em Joinville (SC)

Carlos Moraes
Foto: Internet/Reprodução via ndmais

Com o aumento alarmante de casos de dengue, cenas de unidades de saúde lotadas, longas esperas por atendimento e situações de hostilidade se tornaram frequentes em Joinville. O cenário tem levado à exaustão tanto quem espera por atendimento quanto quem atende: 21 médicos já pediram exoneração.

O tema veio à tona após declarações da secretária municipal Tânia Eberhardt durante reunião na Comissão de Saúde da Câmara de Vereadores nessa quarta-feira (10).

“Nós temos tidos, nesses últimos dias, muitos pedidos de exoneração de médicos, não tanto na atenção primária, mas, principalmente, nas UPAs. Os médicos têm pedido demissão por conta do cansaço físico e da agressividade [de pacientes]”, revelou Tânia.

São 21 médicos, que atuavam nas UPAs Sul e Leste e PA Norte, que pediram a exoneração alegando cansaço. O número chocante é contabilizado desde janeiro.

De acordo com a Secretaria da Saúde, a pasta está trabalhando junto à Secretaria de Gestão de Pessoas para repor esses profissionais e contratar outros quatro para reforçar as escalas.

Para suprir a demanda de atendimento médico na cidade, a Prefeitura de Joinville realizará um concurso público, além de já ter aberto um processo para contratações temporárias.

‘Filinha’

Uma fala da secretária de Saúde de Joinville, Tânia Eberhardt, repercutiu de forma negativa na internet. De acordo com a secretária, as UPAs registram filas de horas, mas que não demoram tanto quanto outras atividades do dia a dia.

“Tem uma filinha lá de três horas, quatro horas? Tem. Mas para eu ir para praia no final de semana, para São Francisco, para Barra Velha, eu também levo 4h na BR-280”, declarou Tânia.

Ainda de acordo com a secretária, a cidade está oferecendo um bom atendimento aos pacientes com suspeita ou caso confirmado de dengue.

“Se eu estou doente, eu preciso de uma porta aberta, de acesso. E Joinville está oferecendo acesso no que diz respeito aos pacientes de dengue”, afirmou.

VIA: ndmais
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