Filho que matou pai radialista é condenado a 36 anos de prisão no Paraná

O caso aconteceu em Ubiratã, no centro-oeste paranaense em 15 de setembro de 2021

Carlos Moraes
Foto: Rádio Difusora

Juliano Beckhauser, de 35 anos, foi sentenciado a uma pena de 36 anos e 8 meses de prisão por ser o mandante do assassinato de seu pai, o radialista Antônio Beckhauser, de 56 anos, em 15 de setembro de 2021, além da tentativa de homicídio contra a mãe, que, por sorte, sobreviveu aos disparos. O caso ocorreu em Ubiratã, no centro-oeste do Paraná.

A condenação de Juliano ocorreu após sua prisão em 6 de abril de 2022, quando as investigações revelaram que ele planejara o crime devido a várias dívidas, vislumbrando a oportunidade de saldá-las por meio da venda da casa da avó paterna, avaliada em R$ 1 milhão. Eliel Neves de Souza, identificado como o executor do crime, recebeu uma sentença de 20 anos de prisão, enquanto Wellinton Henrique Souza Oliveira, responsável por intermediar o contato entre Juliano e Eliel, foi condenado a 27 anos de prisão. O julgamento, composto por sete mulheres, transcorreu de quinta-feira (30) até a tarde de sexta-feira (1º).

A investigação da Polícia Civil apontou que Juliano conspirou com os outros dois condenados para simular um assalto à residência de seus pais. No dia do crime, enquanto pai e filho assistiam a um jogo de futebol, um intruso invadiu a casa exigindo carteiras e celulares. Mesmo sem resistência por parte do radialista, o criminoso atirou nele e em seu filho, além de ferir a esposa do radialista que estava no quarto.

O delegado Ivo Viana explicou que o filho foi baleado na perna como parte do plano elaborado entre ele e os demais condenados. Durante a investigação, a polícia descobriu que Juliano estava em desacordo com os pais sobre a venda da casa da avó, propriedade agora sob sua posse e avaliada em R$ 1 milhão.

A venda do imóvel exigia a assinatura do radialista, uma vez que a avó era viúva. No entanto, os pais e outros membros da família se opunham à transação. O delegado esclareceu que a investigação inicialmente considerou o incidente como latrocínio (roubo seguido de morte), mas a análise do local do crime revelou que se tratava de um homicídio encomendado pelo próprio filho.

Diante das investigações que se aproximavam, Juliano mudou-se para Mato Grosso para evitar ser capturado, fato que veio a ocorrer posteriormente.

Compartilhe este Artigo