Estudo revela que o impacto econômico das enchentes no Rio Grande do Sul pode chegar a 80%

Cleomar Diesel


O estado de calamidade pública que abateu o Rio Grande do Sul não apenas cobrou um custo humano devastador, mas também deixou um impacto econômico severo em seu rastro. Um estudo revelou que mais de 80% da atividade econômica no RS foi afetada pelas enchentes, conforme aponta a Unidade de Estudos Econômicos (UEE) da FIERGS.

Os estragos econômicos são incalculáveis no momento, com inúmeras empresas tendo suas instalações completamente comprometidas. Além dos danos materiais consideráveis, os desafios logísticos projetam afetar profundamente todas as cadeias produtivas do estado, conforme destacou o presidente em exercício da Federação das Indústrias do Estado do Rio Grande do Sul (FIERGS), Arildo Bennech Oliveira.

De acordo com o levantamento da UEE, os 336 municípios atingidos pelas chuvas representam 80,3% do Valor Adicionado Bruto (VAB) do estado, 78,2% do VAB industrial, 86,4% dos estabelecimentos industriais, 87,2% dos empregos do setor e 89,1% das exportações da Indústria de Transformação. Além disso, esses municípios respondem por 83,3% da arrecadação de ICMS com atividades industriais.

Os setores industriais mais impactados incluem alguns dos principais polos econômicos do Rio Grande do Sul. Na Região da Serra, onde 115 mil pessoas trabalham na indústria, os segmentos metalmecânico e de móveis foram severamente afetados.

Já na Região Metropolitana, com 127 mil empregados no setor, os segmentos mais atingidos incluem o metalmecânico, derivados do petróleo e alimentos. No Vale dos Sinos, que emprega 160 mil industriários, a produção de calçados foi duramente atingida. No Vale do Rio Pardo, setores como alimentos e tabaco sofreram perdas significativas, enquanto no Vale do Taquari, alimentos, calçados e produtos químicos foram afetados

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