Escândalo de falsificação de vacinação resulta em prisão de ex-assessores de ex-presidente

Aly Moultaka
Imagem: Ilustrativa

Nesta quarta-feira, 03 de maio, a Polícia Federal deflagrou uma operação visando elucidar a atuação de associação criminosa pela prática dos crimes de inserção de dados falsos de vacinação contra a Covid-19 nos sistemas do Ministério da Saúde.

A Polícia Federal cumpre 16 mandados de busca e apreensão e 06 mandados de prisão preventiva, em Brasília e no Rio de Janeiro; além de análise do material apreendido durante as buscas e realização de oitivas de pessoas.

Entre os detidos estão Mauro Cid, ex-ajudante de ordens; Sérgio Cordeiro, ex-assessor e segurança; João Carlos de Sousa Brecha, secretário de Governo de Duque de Caxias; Luís Marcos dos Reis e Ailton Gonçalves Mareas Barros.

Conforme as informações divulgadas pela imprensa, a Polícia Federal cumpriu mandados de busca e apreensão na casa do Ex-Presidente Jair Bolsonaro; conforme relatado, os celulares do ex-presidente e da ex-primeira dama foram apreendidos.

As inserções falsas, que ocorreram entre novembro de 2021 e dezembro de 2022, tiveram como consequência a alteração da verdade sobre fato juridicamente relevante, qual seja, a condição de imunizado contra a Covid-19 dos beneficiários.

Com isso, tais pessoas puderam emitir os respectivos certificados de vacinação e utilizá-los para burlar as restrições sanitárias impostas pelos poderes públicos, do Brasil e dos Estados Unidos, destinadas a impedir a propagação da covid-19.

Ainda de acordo com informações, a apuração indica que o objetivo do grupo seria manter coeso o elemento identitário em relação a suas pautas ideológicas, no caso, sustentar o discurso voltado aos ataques à vacinação contra a Covid-19.

Em nota publicada nesta manhã, a Polícia Federal afirmou que as ações ocorrem dentro do inquérito policial que apura a atuação do que se convencionou chamar “milícias digitais”, em tramitação perante o Supremo Tribunal Federal.

Os fatos investigados configuram em tese os crimes de infração de medida sanitária preventiva, associação criminosa, inserção de dados falsos em sistemas de informação e corrupção de menores.

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