Dose de reforço aumenta anticorpos em vacinados com CoronaVac, em 20 vezes

Redação Litorânea

A dose de reforço da vacina Coronavac contra a Covid-19 amplia em cerca de 20 vezes o nível de  anticorpos neutralizantes, que são aqueles capazes de combater a infecção por todas as linhagens do novo coronavírus, incluindo a variante Ômicron.

A informação foi dada nesta quarta-feira (8) pelo cientista Xiangxi Wang, pesquisador do Laboratório de Infecção e Imunidade do Instituto de Biofísica da Academia Chinesa de Ciências, durante um simpósio promovido pelo Instituto Butantan em parceria com a farmacêutica Sinovac.

Diversos estudos científicos mostraram que seis meses após a segunda dose das diferentes vacinas contra a Covid-19, a produção desse tipo de anticorpo apresenta uma queda. Por isso, laboratórios indicaram a necessidade de uma dose de reforço como mecanismo para incrementar a proteção contra os casos graves da doença.

De acordo com o pesquisador, as mutações presentes na proteína Spike – utilizada pelo vírus para invadir as células humanas, podem promover a resistência às vacinas. “Uma alternativa plausível para resolver essa questão é administrar a terceira dose da vacina entre seis e 12 meses após a segunda dose, para melhorar e estender a proteção”, afirmou o pesquisador em um comunicado.

Segundo Wang, análises conduzidas no laboratório com o plasma de indivíduos que receberam a terceira dose da Coronavac comprovaram que o imunizante é capaz de recuperar a produção de anticorpos neutralizantes.

Os aumentos registrados nos níveis de anticorpos foram de 17 vezes contra a variante Delta e contra a cepa original do coronavírus (de Wuhan), de 18 vezes contra a variante Alfa, de 19 vezes contra a linhagem Beta, e de 14 vezes contra a variante Gama.

De acordo com o pesquisador da Academia Chinesa de Ciências, a titulação de anticorpos neutralizantes se manteve depois de seis meses após a aplicação da dose de reforço.

“O estudo comprova a segurança e o estímulo significativo na produção de anticorpos no organismo quando há intercambialidade entre os imunizantes, o que poderia ser útil para estratégias de doses-reforço a serem administradas naqueles que receberam anteriormente duas doses de vacinas inativadas”, pontuam os pesquisadores.

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