O ex-lateral da Seleção Brasileira de futebol, Daniel Alves, conquistou uma vitória judicial significativa na Espanha. Após ter sido condenado a quatro anos e meio de prisão por estupro de uma jovem em uma boate de Barcelona, em dezembro de 2022, o jogador recebeu a autorização da Justiça espanhola para uma libertação provisória.
A decisão, porém, impõe algumas condições para Daniel Alves. O ex-jogador será obrigado a entregar seus passaportes e pagar uma fiança de 1 milhão de euros, equivalente a R$ 5,4 milhões, para que a sua liberdade seja efetivamente concedida. Vale ressaltar que Daniel Alves está preso desde janeiro de 2023.
A condenação original de quatro anos e meio de prisão foi reduzida no mês passado mediante o pagamento de uma indenização de 150 mil euros, aproximadamente R$ 804 mil. Essa redução da pena ocorreu pela concordância da vítima em receber a compensação financeira.
Apesar da obtenção da liberdade provisória, Daniel Alves não será completamente livre. Ele será submetido a um regime de vigilância, e é proibido de se aproximar da vítima do estupro pelo período de nove anos. Essas medidas visam garantir a segurança da mulher agredida.
A decisão judicial reforçou a veracidade dos fatos apresentados no processo, onde foi comprovado que Daniel Alves “agarrou bruscamente a denunciante, derrubando-a no chão e, impedindo-a de se mover, cometeu o estupro, apesar dos argumentos da vítima de que não desejava essa situação e queria ir embora”. Com o uso de violência e a penetração vaginal sem consentimento, o caso configura uma violação grave.
A libertação provisória de Daniel Alves, ainda que sujeita às condições estabelecidas, gera repercussões no âmbito esportivo e na reputação do ex-jogador, que terá que lidar com o processo judicial em andamento e suas consequências jurídicas e sociais.