Cientistas da UFPR encontram rochas formadas por plástico em Ilha no Espírito Santo

Redação Litorânea
Imagem: Fernanda Avelar Santos

Na última quinta-feira, 19 de janeiro de 2023, pesquisadores da Universidade Federal do Paraná, a UFPR, publicaram um artigo informando que encontraram novos dados comprovando que o homem está atuando como agente geológico e ocasionando a geração de novas rochas, a partir da poluição marinha.

De acordo com os pesquisadores, o aumento da produção e do consumo de novos materiais, a partir do desenvolvimento tecnológico, tem ampliado a capacidade de os seres humanos influenciarem o ciclo geológico da terra, tornando-nos capazes de alterar irreversivelmente esses processos.

O artigo publicado por cientistas da UFPR e de outras instituições brasileiras no periódico Marine Pollution Bulletin busca provar que a poluição no ambiente marinho é ocasionada, em grande parte, pelos materiais plásticos e pode alterar os cenários de fauna e flora do ambiente terrestre.

Os dados revelados no estudo relatam a existência de rochas, idênticas às naturais, porém, compostas por plástico, no Parcel das Tartarugas, região da Ilha da Trindade, ilha vulcânica localizada a 1.140 quilômetros de Vitória, no Estado do Espírito Santo; o local é administrado pela Marinha do Brasil.

De acordo com as informações divulgadas, a região é uma importante reserva marinha do Atlântico Sul e uma Unidade de Monumento Natural Brasileiro; as rochas constituídas por plástico foram identificadas próximo à maior região de ninhos da tartaruga-verde e de recifes de vermetídeos do Brasil.

Pertencente à chamada Amazônia Azul, área com riquezas naturais e minerais abundantes que apenas o Brasil pode explorar economicamente, a ilha é habitat natural de aves marinhas e alberga um ecossistema frágil e único que inclui espécies endêmicas de peixes e diferentes conjuntos recifais.

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