Após a morte envolvendo ‘moradores em situação de rua’, fica claro que alguns usam tal condição para cometer ilícitos em Guaratuba

Carlos Moraes
Foto: Odilon Cezar

Mais um bárbaro crime ocorreu em Guaratuba na madrugada de terça-feira (26) quando moradores em situação de rua entraram em conflito que culminou na morte de um deles que, segundo os suspeitos da autoria do crime, foi “desovado” no mar. Isso em plena área central da cidade, nas proximidades do letreiro que, infelizmente, deixou de ser um local destinado a fotos e filmagens para abrigar supostos cidadãos que não teriam para onde ir.

Todos os dias, sem exceção, temos tido relatos de ocorrências envolvendo os supostos cidadãos em vulnerabilidade social, mas por que supostos? Porque fica óbvio e claro que muitos deles usam a situação para ficarem “protegidos” e livres a fim de extorquirem moradores e visitantes, abordarem de forma agressiva mulheres e crianças, que têm evitado transitar em alguns locais da cidade, entre inúmeras outras situações constrangedoras.

É evidente que não estamos generalizando, pois há um problema que é muito abrangente e nacional, que engloba as pessoas que realmente estão em vulnerabilidade social e necessitam de ajuda. Falamos de elementos, em sua maioria homens, jovens, na flor da idade, que perambulam por Guaratuba, bebendo, alguns usando substâncias ilícitas, impondo regras, desafiando as autoridades, promovendo algazarras e confusões, furtando, e até matando, como foi o caso ocorrido na terça-feira.

Esses nada tem a ver com vulnerabilidade social, têm, como fica claro há um bom tempo, o intuito de cometer ilegalidades, somente isso. Tente passear pela orla ao final da noite, vá até o Morro do Cristo e cercanias, tente ir a um determinado banco na Avenida 29 de Abril no período noturno ou vá a determinados mercados da cidade, onde alguns moradores em situação de rua têm viabilizado uma espécie de “condomínio” nas proximidades.

Vale ressaltar que o Poder Público e as Forças de Segurança têm que agir conforme a legislação em vigor, sem atingir as garantias individuais e o direito de ir e vir. Mas há de existir uma saída para que possamos viver com o mínimo de harmonia e tranquilidade nesta bela cidade, inclusive com a presença dos reais moradores em situação de rua, aliás, como sempre aconteceu.

Temos em Guaratuba a Casa Betânia onde, através do padre Antônio Carlos, alguns pastores e inúmeros colaboradores, os moradores em situação de rua são acolhidos, cuidados e encaminhados para que haja um recomeço na difícil convivência em sociedade.

Há também um trabalho forte e efetivo, de acolhimento inclusive, por parte da Secretaria Municipal do Bem Estar e Promoção Social, portanto, salvo aqueles que possuem, realmente, graves problemas psicossociais, não há justificativa para o aumento de andarilhos pela cidade. É hora de separarmos o joio do trigo e ajudarmos quem realmente deseja e necessita de ajuda, pelo bem de Guaratuba, seus munícipes e visitantes.

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