A atual gestão municipal de Guaratuba está mais uma vez no centro de uma polêmica que levanta questionamentos sobre transparência e responsabilidade com o dinheiro público. O motivo? Uma movimentação considerada, no mínimo, suspeita envolvendo o nome do ex-diretor geral da prefeitura, Auro Eder Pereira.
Segundo os Diários Oficiais, que deveriam ser publicados diariamente, como o próprio nome indica, mas na prática isso nem sempre acontece, no dia 2 de julho de 2025, o servidor foi exonerado do cargo comissionado CC-1, função pela qual recebia mensalmente R$6.600,00 para cumprir uma jornada de 44 horas semanais.
A surpresa veio poucos dias depois. No diário oficial de quarta-feira, 9 de julho, a prefeitura aparece contratando novamente o mesmo nome, agora como empresa: Auro Eder Pereira Serviços Médicos LTDA, sob o CNPJ 34.786.607/0001-60.
Mas o detalhe mais alarmante está nos valores: enquanto antes o salário mensal era de R$6.600, agora, com a nova contratação via empresa, o valor pago é de R$129,00 por hora trabalhada. Se seguir a mesma carga horária de antes (44 horas semanais), a remuneração semanal salta para R$5.676,00, quase o salário anterior inteiro, em apenas uma semana de trabalho.
A manobra levanta uma série de perguntas:
Por que exonerar e recontratar o mesmo profissional em tão pouco tempo?
Qual a justificativa técnica ou legal para essa mudança de vínculo?
A prefeitura está otimizando recursos ou apenas beneficiando aliados?
Muitos cidadãos ainda não têm o hábito de acompanhar os Diários Oficiais, onde constam exonerações, nomeações, contratos e licitações. No entanto, este caso escancara a importância de acompanhar de perto esses documentos.
Enquanto isso, a população espera respostas. O prefeito, como representante máximo do povo, precisa agir com transparência e responsabilidade e deixar claro se está governando para os interesses da cidade ou de amigos próximos.