O suspeito de matar e ocultar o corpo de Isis Victoria Mizerski, adolescente grávida de 17 anos que está desaparecida desde o dia 6 de junho em Tibagi, nos Campos Gerais do Paraná, virou réu na Justiça.
O vigilante Marcos Vagner de Souza vai responder por homicídio triplamente qualificado (por feminicídio, dissimulação e motivo torpe), ocultação de cadáver e aborto provocado sem o consentimento da vítima, tendo os crimes no âmbito da violência doméstica.
O homem está preso preventivamente, é apontado como pai do bebê que a jovem esperava e foi o último a se encontrar com ela antes do sumiço, segundo as investigações.
O inquérito sobre o caso foi concluído na sexta-feira (9), quando o delegado Matheus Campos Duarte concedeu uma entrevista coletiva à imprensa com detalhes sobre a investigação e comparou o caso da paranaense ao de Eliza Samudio. A mulher desapareceu em 2010 e nunca teve o corpo encontrado – mas apesar disso, acusados de envolvimento no crime foram condenados, incluindo o ex-goleiro Bruno.
No mesmo dia o Ministério Público (MP) formalizou a denúncia à Justiça, que recebeu o documento e tornou o suspeito réu no domingo (11).
Claudio Dalledone, advogado que representa a família de Isis, explica que agora a próxima fase é a marcação da audiência de instrução e julgamento para que ele seja remetido ao Tribunal do Júri. O advogado afirma acreditar que Marcos seja declarado culpado.
Desde o início das investigações, o advogado de Marcos, Renato Tauille, nega que o homem tenha envolvimento em algum crime relacionado ao desaparecimento da jovem.
“A defesa refuta integralmente a denúncia ofertada pelo Ministério Público e provará nos autos a inocência do acusado. As provas técnicas apresentadas foram inconclusivas, não correspondem com a narrativa acusatória e não comprovam que Marcos Vagner tenha praticado os crimes a ele imputados contra a adolescente Isis”, afirma o advogado.