O Ministério da Agricultura e Pecuária anunciou a prorrogação, por mais 180 dias, do estado de emergência zoossanitária em todo o território nacional. A medida foi tomada em razão da detecção da infecção pelo vírus da influenza aviária H5N1 de alta patogenicidade (IAAP) em aves silvestres no Brasil. A decisão foi publicada no Diário Oficial da União (DOU) desta terça-feira, 7.
A prorrogação, conforme informações antecipadas pelo secretário de Defesa Agropecuária da pasta, Carlos Goulart, é crucial devido ao período até maio, considerado crítico para o avanço da doença. Durante esse período, ocorre o fluxo migratório de aves do Hemisfério Norte para o Hemisfério Sul, aumentando o potencial de contaminação do plantel comercial. O Brasil, por concentrar aves litorâneas e quatro rotas migratórias, enfrenta um cenário desafiador.
Até o momento, o Brasil é o único país exportador que não registrou a doença na produção comercial. Os casos identificados foram em animais silvestres, com 134 focos, incluindo 131 em aves silvestres e três em leões-marinhos. Além disso, foram registrados três focos em aves de produção de subsistência, de criação doméstica.
O Brasil, como o maior exportador e o segundo maior produtor de carne de frango do mundo, com 14,524 milhões de toneladas processadas em 2022, reforça a importância das medidas preventivas para manter a sanidade do setor avícola no país.