De acordo com os organizadores o assunto precisa ser debatido tendo em vista o crescente número de pacientes que vêm se beneficiando do uso medicinal da cannabis, e aos bons resultados dos tratamentos que são mostrados em diversos estudos.
O 1º Seminário sobre a Regulamentação e as Oportunidades do Mercado da Cannabis Medicinal e Industrial no Brasil, acontece no auditório da Seccional será, nesta quinta e sexta-feira (2 e 3/3/2023), em Florianópolis.
O evento pretende reunir especialistas com atuação nacional, o evento será em formato híbrido (presencial e on-line), como forma de possibilitar maior participação, e terá dois focos: o debate sobre ampliação do acesso aos pacientes, já que o tratamento é de alto custo, e as oportunidades de mercado com o uso industrial da planta.
Doenças alvos do tratamento e formas de acesso:
Alzheimer e outras demências, câncer, esclerose múltipla, Mal de Parkinson, glaucoma, epilepsia, Síndrome de Down, Transtorno do Espectro Autista, artrite reumatoide, transtornos de saúde mental como depressão e ansiedade, além de transtornos alimentares, do sono, endometriose, diabetes e Covid longa são algumas das doenças dos quais os pacientes já apresentaram melhoras com o uso da cannabis medicinal. A principal condição atendida pelo tratamento hoje é a dor, presente em muitas delas, seguida da ansiedade, com 9,5%, e do Alzheimer e outras demências, com 8,5%.
Há três formas legais de obter o medicamento, todas com aspectos que o encarecem. A mais utilizada no Brasil é a importação, que precisa ocorrer de forma individual e por CPF, e sem possibilidade de estoque, com a quantia menor importada se tornando mais cara.
A segunda é a compra em farmácias autorizadas pela Anvisa, onde o medicamento costuma ser mais caro, pois o Brasil não autoriza o cultivo e a matéria-prima é importada. Por fim, a aquisição em associações que têm autorização da Anvisa para o cultivo, que ainda são poucas, sendo uma delas a Santa Cannabis, de Santa Catarina.