O Rio Grande do Sul enfrenta um cenário de tragédia e desolação, com o número de mortos atingindo a marca de 83. Apesar de as chuvas terem cessado, o nível das águas do Guaíba permanece alarmantemente alto, cerca de 2,30 metros acima da cota de inundação. A verificação feita nesta segunda-feira revelou um aumento de 5,26 metros no nível do Guaíba, ultrapassando o limite crítico de 3 metros. Especialistas alertam que o nível deve se manter em torno de 4 metros pelos próximos 10 dias.
O boletim do Climatempo desta segunda-feira adiciona mais preocupação, indicando a chegada de uma nova frente fria a partir da metade da semana, prevendo novas chuvas para as áreas já castigadas pelos temporais. A possibilidade de aumento do frio coloca as autoridades em alerta, uma vez que pode dificultar ainda mais os trabalhos de resgate e a situação das vítimas.
As forças militares já estão intensamente envolvidas nos esforços de resgate, tendo realizado mais de 10 mil operações até o momento. O General Hertz Pires do Nascimento, comandante da Operação Taquari, destacou a extensão do desastre, afirmando que praticamente todo o estado do Rio Grande do Sul está afetado pela tragédia, diferentemente de episódios anteriores que se concentravam em regiões isoladas. Uma frota de 42 aeronaves, entre aviões e helicópteros, continua trabalhando incansavelmente, juntamente com o efetivo de 9 estados, para auxiliar nas operações de resgate.
Diante dessa situação devastadora, o estado permanece em alerta máximo, mobilizando todos os recursos disponíveis para enfrentar os desafios impostos por essa catástrofe sem precedentes.