A 1ª Câmara do Tribunal de Justiça do Paraná (TJPR) tomou uma decisão unânime nesta quinta-feira (20), ao negar o pedido da defesa para que o júri da jovem youtuber Isabelly Cristine Santos, assassinada com apenas 14 anos, ocorra fora de Pontal do Paraná, no Litoral do Estado. O caso envolve um crime de extrema violência, que comoveu o país.
Isabelly teve sua vida brutalmente interrompida em fevereiro de 2018, após ser atingida por um tiro na cabeça durante uma suposta briga de trânsito, enquanto trafegava pela PR-412, em Pontal do Paraná. A jovem chegou a ser socorrida, mas infelizmente, teve morte cerebral confirmada ainda no mesmo dia do crime.
O julgamento do caso, que já havia sido adiado anteriormente, ocorreu após quatro jurados alegarem que não poderiam fazer o julgamento com isenção, tamanha a gravidade e comoção que o crime causou na região. A Promotoria de Justiça de Pontal do Paraná apresentou denúncia criminal contra dois acusados pela morte da adolescente: Éverton Vargas, denunciado como autor do homicídio qualificado por motivo torpe, e seu irmão Cleverson, acusado como partícipe.
O advogado de Éverton, Claudio Dalledone, levantou preocupações sobre a possibilidade de um julgamento justo em Pontal do Paraná, alegando que a intensa cobertura midiática do caso pode influenciar negativamente o resultado. No entanto, o pedido da defesa foi negado pelo TJPR, mantendo o julgamento na região onde o crime ocorreu.
A mãe de Isabelly, que aguarda ansiosamente por justiça, expressou a dor e o sofrimento da família, classificando o acontecido como “muito cruel”. A advogada da família, Thaise Mattar Assad, espera que o julgamento aconteça em breve, na busca por justiça para Isabelly.
A comoção e indignação diante da crueldade desse crime permanecem vivas. A expectativa da sociedade é que o sistema judiciário seja firme e garanta um julgamento justo e apropriado, onde os responsáveis sejam devidamente responsabilizados por essa terrível tragédia.