Nesta segunda-feira (22), a Diretoria de Vigilância Epidemiológica de Santa Catarina (Dive) informou que está investigando um caso suspeito de morte por febre de Oropouche. O paciente, um homem residente no Paraná, esteve hospedado em Blumenau, no Vale do Itajaí, onde é provável que tenha ocorrido a transmissão da doença.
O Ministério da Saúde confirmou que este caso está sendo investigado, juntamente com outras duas suspeitas de mortes por febre de Oropouche na Bahia. Até o momento, não há óbitos confirmados pela doença no Brasil neste ano, de acordo com o ministério.
A febre de Oropouche é causada por um arbovírus e transmitida por mosquitos, principalmente o Culicoides paraensis, conhecido como maruim, e o Culex quinquefasciatus, popularmente chamado de pernilongo. Os sintomas são similares aos da dengue e da febre chikungunya, incluindo dor de cabeça, muscular e nas articulações, náusea e diarreia. Não há tratamento específico, sendo recomendado repouso e tratamento dos sintomas, com acompanhamento pela rede municipal de saúde.
Santa Catarina registrou um total de 140 casos de febre de Oropouche em 2024, sendo a maioria no Vale do Itajaí. Este ano marca a primeira vez na história do estado em que foram registrados casos da doença.
Devido ao modo de reprodução desses mosquitos em locais com matéria orgânica, o controle populacional é mais desafiador em comparação ao Aedes aegypti, transmissor da dengue, que necessita de água parada para se proliferar.
A Dive continuará investigando o caso para determinar a origem da transmissão do vírus e monitorando a situação epidemiológica no estado.