Surto da Febre do Maruim preocupa autoridades de Saúde em Santa Catarina

Cleomar Diesel

O secretário de Saúde de Jaraguá do Sul, Alceu Moretti, expressou séria preocupação com o aumento dos casos da febre do maruim, também conhecida como febre oropouche, no Norte do Brasil. O surto, principalmente no estado do Amazonas, tem levado a um aumento alarmante de casos, com números que crescem de forma significativa a cada ano.

De acordo com dados do Ministério da Saúde, o ano passado registrou 832 casos da doença, enquanto este ano já soma 3.354 casos confirmados em todo o país. O Amazonas é o estado mais afetado, com 2.528 casos, seguido por Rondônia com 574, Acre com 108, e Bahia com 31 casos. O problema também se estendeu à região Sul, com quatro casos no Paraná, três em Santa Catarina e três no Rio Grande do Sul.

Embora Jaraguá do Sul e região ainda não tenham confirmado nenhum caso da febre do maruim, o secretário Alceu Moretti destaca o risco iminente. “Este tema, realmente, é preocupante. O maruim está ‘fora do controle’ e algo efetivamente precisa ser feito para que se possa controlar. E tomara que essa doença não venha pois, assim, se tivermos uma doença transmitida pelo maruim com a infestação que temos na região vai ficar completamente fora do controle”, afirma.

O maruim, também conhecido como mosquito-pólvora, é o principal vetor da doença. Outras espécies de mosquitos, como o pernilongo ou muriçoca, ocasionalmente podem transmitir a febre.

Não há um tratamento específico para a febre oropouche. Os pacientes são orientados a repousar e podem receber medicações sintomáticas para controlar a febre e a dor, dependendo do quadro clínico.

Para prevenir a doença, é recomendado o uso de repelentes, roupas fechadas e evitar áreas com presença de maruins. Além disso, a remoção de possíveis criadouros de mosquitos, como água parada, é fundamental.

A febre do maruim possui dois tipos de ciclo de transmissão: o ciclo silvestre, onde os animais são os hospedeiros do vírus, e o ciclo urbano, onde os humanos são os principais hospedeiros. O mosquito Culicoides paraenses é considerado o principal vetor em ambos os ciclos.

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