Sobrinho do traficante Marcola é preso em Santa Catarina, nesta quarta-feira (24)

Redação Litorânea
Foto: Reprodução via Thiago Toscani/ Arquivo NSC TV

Na manhã desta quarta-feira (24) foi preso em Itajaí, no Litoral Norte catarinense, Leonardo Alexander Ribeiro Herbas Camacho, sobrinho do traficante Marco Willians Herbas Camacho, o Marcola, apontado como chefe do Primeiro Comando da Capital (PCC).

Alexander foi preso pela Força Integrada de Combate ao Crime Organizado (Ficco) durante diligências da operação Primma Migratio, coordenada pela Polícia Federal e forças de segurança pública do Ceará e que cumpriu mandados em Santa Catarina, São Paulo e Mato Grosso.

Leonardo morava em Santa Catarina e, de acordo com a polícia, atuava no gerenciamento de negócios da organização criminosa no Ceará como jogo do bicho, tráfico de drogas e de armas.

A operação busca identificar a motivação da atuação de Leonardo em Itajaí, se era para expansão da atuação da facção ou se era uma forma de fugir da Justiça. Ele foi encontrado em um apartamento alugado de alto padrão no bairro São João, considerado pacato.

O delegado-geral de Polícia Civil de Santa Catarina, Ulisses Gabriel, também confirmou a prisão de Leonardo que foi levado para Complexo Prisional da Canhanduba, em Itajaí, onde seguirá isolado. Ainda não há definição sobre a transferência dele.

A operação que levou à captura do sobrinho de Marcola, prendeu outros dois policiais no Ceará. O objetivo da Primma Migratio é desmantelar o núcleo gerencial e logístico de uma organização criminosa que operava atividades ilícitas no Ceará.

Conforme a Polícia Federal, durante a investigação, que durou dois anos, foram coletadas evidências de que a cúpula dessa organização migrou parte de sua estrutura gerencial do Estado de São Paulo com o objetivo de implantar no Ceará atividades clandestinas rentáveis, como o “jogo do bicho” e o tráfico de drogas e armas.

Ainda segundo a polícia, há indícios que apontam que o grupo teria movimentado mais de R$ 300 milhões de forma suspeita nos últimos anos. Parte desses recursos seria empregada na corrupção de servidores públicos.

Histórico

Marcola é apontado como chefe do Primeiro Comando da Capital (PCC). Em janeiro do ano passado, ele foi transferido da penitenciária federal em Rondônia para a Penitenciária Federal de Brasília.

À época, o então ministro da Justiça, Flávio Dino, afirmou que a transferência foi motivada pela existência de um “suposto plano de fuga” do chefe de facção criminosa.

Condenado a 330 anos por diversos crimes, esta é a segunda passagem de Marcola pelo presídio, onde ficou entre 2019 e março de 2022.

VIA: g1 SC
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