Situação financeira preocupante nas Prefeituras Paranaenses: uma em cada cinco no “Vermelho”

Cleomar Diesel
imagem ilustrativa

Um recente levantamento da Confederação Nacional dos Municípios (CNM) aponta para uma situação financeira delicada em municípios do Paraná. Segundo a pesquisa divulgada ontem, 21,8% das prefeituras paranaenses, um total de 83 de 399 municípios, admitiram dificuldades para fechar as contas até o final de 2023. Outras 260 prefeituras, representando 68,4%, acreditam que conseguirão fechar o ano no azul.

A pesquisa, que ouviu 4.456 prefeituras em todo o país entre os dias 25 de outubro e 27 de novembro, revelou que mais de 28,6% dos municípios brasileiros atrasariam o pagamento da primeira parcela do 13º salário.

No Paraná, 1.246 administrações municipais participaram do estudo, sendo que 27,2% delas, ou 1.214 municípios, expressaram a preocupação de encerrar o ano com déficit.

Quando questionadas sobre as expectativas para 2024, 47,6% das prefeituras paranaenses (2.121) demonstram otimismo em relação à melhora nas finanças municipais, enquanto 46,7% (2.083) estão menos otimistas quanto a um cenário positivo.

A folha de pagamento também foi abordada na pesquisa, indicando que em 2,7% dos municípios paranaenses (119), os salários estão em atraso, enquanto em 96% deles (4.278), o pagamento está em dia. Em relação aos fornecedores, 44,2% dos gestores municipais relataram atrasos nos pagamentos, mas 53,3% afirmaram que o pagamento dos prestadores de serviço está em dia.

A CNM também abordou a forma de pagamento do 13º salário, revelando que 28,6% dos municípios paranaenses (1.246) atrasarão a primeira parcela, enquanto 54,6% (2.382) já efetuaram o pagamento. Quanto à segunda parcela, 9,4% (229 municípios) devem atrasar, mas 87,7% (2.135 municípios) planejam pagar até o dia 20 de dezembro.

Para 92,9% das prefeituras paranaenses (4.138), o adicional de 1% do Fundo de Participação dos Municípios (FPM) que será creditado em 7 de dezembro contribuirá para o pagamento do 13º salário dos servidores. Esse adicional, conquistado pela CNM em 2007, totalizará um impacto financeiro de R$ 25,667 bilhões nos municípios de todo o país, aquecendo a economia local no final do ano. O presidente da CNM, Paulo Ziulkoski, destaca a urgência do debate e da implementação de medidas estruturantes diante do cenário financeiro preocupante.

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