Uma movimentação nos bastidores do Senado Federal está chamando a atenção da opinião pública, especialmente no que diz respeito aos mandatos parlamentares. Segundo informações obtidas, há um acordo sendo costurado para ampliar os mandatos de senadores de oito para intermináveis dez anos. Essa iniciativa está vinculada ao relatório do senador Marcelo Castro (MDB-PI) sobre o novo Código Eleitoral.
Fontes ligadas à Mesa do Senado asseguram que essa articulação envolve não apenas o relator Marcelo Castro, mas também figuras proeminentes como o ex-presidente da casa, Davi Alcolumbre (União-AP), e o senador Jorge Kajuru (PSB-GO). A estratégia consiste em incorporar a proposta de Kajuru ao projeto de coincidência de mandato, o que implicaria em mudanças significativas para garantir mais dois anos de mandato aos senadores.
De acordo com informações compartilhadas pelo jornalista Claudio Humberto do Diário do Poder, essa mudança não se limitaria aos senadores. Os deputados também seriam beneficiados, com um aumento de mais um ano em seus mandatos, em conjunto com a coincidência de eleições e o fim da reeleição. Com isso, os mandatos dos deputados passariam de quatro para cinco anos.
Contudo, nem todos os senadores estão alinhados com essa proposta. O senador Márcio Bittar (União-AC) é uma das vozes discordantes: “Não é consenso e não estou de acordo”, afirmou. Bittar expressou sua oposição inclusive à coincidência de eleições, defendendo que o intervalo de dois anos entre as eleições não representa um problema.
Outro senador que se manifestou contra a ampliação dos mandatos é Eduardo Girão (Novo-CE), que considera os atuais oito anos de mandato já um exagero. “Penso que temos que reduzir para 5 anos”, enfatizou.
Diante desses posicionamentos divergentes, resta aguardar os próximos desdobramentos dessa questão, que promete gerar intensos debates e discussões nos corredores do Senado e na sociedade como um todo.