No último domingo, 06 de novembro, iniciou a vigésima sétima edição da cúpula internacional do clima, a COP27, em Sharm el-Sheikh, no Egito; de acordo com informações, mais de trinte mil delegados, de cerca de duzentos países devem participar do evento que discute as mudanças climáticas no mundo.
A reunião com líderes mundiais acontece no Centro Internacional de Convenções da cidade de Sharm el-Sheikh até o próximo dia 18 de novembro; o evento tem como objetivo discutir detalhes sobre como desacelerar as mudanças climáticas e ajudar países que já sentem os seus impactos.
Nesta segunda-feira, 07 de novembro, cerca de cento e vinte líderes de países discursarão durante o evento; países com diferentes condições socioeconômicas buscam um ponto em comum nesta edição, sendo ele o financiamento climático.
O Presidente eleito do Brasil, Luiz Inácio Lula da Silva, do Partido dos Trabalhadores, o PT, foi convidado e participará na segunda semana do encontro; além de Lula, os Presidentes dos Estados Unidos, Joe Biden; e, da China, Xi Jinping, também estarão presentes na próxima semana do encontro.
António Guterres, secretário-geral das Nações Unidas deve tocar em pontos de convergência entre EUA e China, economias que estão entre os maiores poluidores; no domingo, Guterres defendeu a implementação de sistemas universais de prevenção de danos ambientais no prazo de até cinco anos.
Na manhã desta segunda-feira, 07 de novembro, Guterres disse que os países reunidos no início da cúpula da COP27 enfrentam uma escolha difícil: trabalhar juntos agora para reduzir as emissões ou condenar as gerações futuras a catástrofes climáticas.
O secretário-geral pediu um pacto entre os países mais ricos e mais pobres para acelerar a transição dos combustíveis fósseis e a entrega do financiamento necessário para garantir que os países mais pobres possam reduzir as emissões e lidar com os impactos inevitáveis do aquecimento que já ocorreu.
Ele também pediu aos países que concordem em eliminar gradualmente o uso de carvão, um dos combustíveis mais intensos em carbono, até 2040 em todo o mundo, com membros da Organização para Cooperação e Desenvolvimento Econômico atingindo essa marca até 2030.
Os signatários do acordo climático de Paris, assinado em 2015, se comprometeram a atingir a meta de longo prazo de impedir que as temperaturas globais subam mais de 1,5°C acima dos níveis pré-industriais; os cientistas estabeleceram isso como o teto para evitar mudanças climáticas catastróficas.
Guterres disse: “As emissões de gases de efeito estufa continuam crescendo. As temperaturas globais continuam subindo. E nosso planeta está se aproximando rapidamente de pontos de inflexão que tornarão o caos climático irreversível; estamos a caminho do inferno climático, com o pé no acelerador”.