O Programa Mulher Segura, da Secretaria da Segurança Pública do Paraná, ampliou sua atuação no Interior do Estado com uma série de ações promovidas durante a Missão Paraná — iniciativa inédita voltada ao fortalecimento da segurança pública de forma integrada e regionalizada. Com foco na prevenção e no enfrentamento da violência de gênero, o programa passou por Marechal Cândido Rondon, Toledo, Francisco Beltrão e Guaíra, priorizando a articulação das redes locais de proteção, a capacitação de profissionais e a conscientização da população.
As iniciativas buscaram ampliar o diálogo entre instituições públicas e sociedade civil, valorizando a escuta ativa e qualificada, a troca de experiências e a realização de ações práticas com foco no fortalecimento das redes de proteção à mulher.
“A violência contra a mulher não é um crime comum e não pode ser enfrentada apenas com ações policiais”, destaca o secretário da Segurança Pública, Hudson Leôncio Teixeira. “Trata-se de uma violência que carrega um forte componente cultural, enraizado em padrões que precisam ser transformados. O Programa Mulher Segura, dentro da Missão Paraná, atua justamente nesse sentido: conscientizar mulheres e homens, ampliar o diálogo e fortalecer a presença do Estado nas comunidades para que possamos, juntos, construir redes de proteção mais sólidas e eficazes.”
Durante a passagem por Marechal Cândido Rondon, foram realizadas duas atividades principais: uma visita técnica à Rede de Proteção à Mulher, que reuniu 24 convidados e representantes de 14 instituições, e uma palestra sobre o Programa Mulher Segura e prevenção ao uso de drogas, com 62 participantes.
Em Toledo, a agenda contou com uma visita técnica à rede de proteção, que mobilizou 45 convidados e 17 instituições locais. O evento contou com a presença do prefeito, Mario Cesar Costenaro; vice-prefeito, Lucio De Marchi; da delegada da Mulher, Ana Cris Souza de Oliveira; e do presidente da Câmara Municipal, Gabriel Baierle.
As atividades também foram acompanhadas por representantes das forças de segurança, lideranças locais, autoridades do Ministério Público, do Judiciário e do Executivo e representantes da sociedade civil, reforçando o compromisso coletivo no enfrentamento à violência contra a mulher.
BALANÇO ESTADUAL – As ações promovidas durante a Missão Paraná refletem o avanço consistente do programa em todo o estado. Entre 2023 e 2024, o número de visitas comunitárias cresceu 332%, passando de 12.012 para 51.942. Apenas no primeiro semestre de 2025, o aumento foi de 86,6% em comparação ao mesmo período do ano anterior.
Ao todo, já foram realizadas 1.330 palestras, alcançando diretamente 105.393 pessoas em diferentes regiões do Paraná. A expectativa da Secretaria da Segurança Pública é capacitar mais 1.400 profissionais e consolidar a atuação do programa nos 399 municípios paranaenses.
O Programa Mulher Segura integra a Operação Vida, ao lado dos programas De Homem para Homem e Cidade Segura, e atua diretamente nas comunidades com ações educativas, visitas técnicas e articulação interinstitucional. O foco é claro: prevenir, proteger e combater os diferentes tipos de violência de gênero — com destaque para os casos de feminicídio, estupro e violência doméstica.
Com a mensagem “Não é não e não tem discussão”, o programa segue reforçando a importância do engajamento coletivo e da atuação integrada para a construção de um Paraná mais seguro e igualitário para todos.
CONSEGS – Além das ações voltadas à proteção das mulheres, a Missão Paraná também foi palco de uma série de Encontros Regionais dos Conselhos Comunitários de Segurança (CONSEGs), realizados em cidades como Paranavaí, Cascavel, Francisco Beltrão, Toledo e Guaíra. Os eventos reuniram representantes das forças de segurança estaduais e federais, lideranças comunitárias, autoridades municipais e membros da sociedade civil.
Os encontros promoveram o fortalecimento da segurança pública, incentivando o diálogo direto entre a população e os órgãos responsáveis. “Os CONSEGs são espaços fundamentais de articulação local, nos quais a comunidade se mobiliza, identifica demandas e participa da construção coletiva de soluções para os desafios que impactam a segurança e a qualidade de vida de cada região”, ressalta Hudson.