Os números são alarmantes: desde o início do ano, Santa Catarina já registrou mais de 4,7 mil casos de dengue e mais de 72% dos municípios catarinenses têm focos do mosquito transmissor, o Aedes aegypti, segundo dados da Dive (Direção de Vigilância Epidemiológica).
Para diminuir a infestação, Santa Catarina vai receber um mosquito mutante para ajudar no combate à dengue. A informação foi confirmada nesta segunda-feira (3) pela SES (Secretaria do Estado da Saúde).
A mutação nada mais é que uma parceria gerada pela Fiocruz (Fundação Oswaldo Cruz) e o WMP (World Mosquito Program). Nela, o país terá acesso aos mosquitos com Wolbachia, método que reduz a incidência de dengue, chikungunya e zika por meio da implantação da bactéria, que recebe o mesmo nome do método, dos insetos, impedindo a transmissão das doenças.
O método Wolbachia, que é financiado pelo Ministério da Saúde no Brasil, será ampliado, com a construção de uma fábrica, com local ainda indeterminado, que terá a capacidade de produção de 100 milhões de mosquitos semanalmente. A previsão é de que a indústria já entre em operação no início de 2024.
De acordo com a secretária de Carmen Zanotto, ela e a secretária da Vigilância em Saúde do Ministério da Saúde, Profª Ethel Maciel, se reuniram para tratar do assunto. No entanto, ainda não há data de quando o mosquito deve chegar em Santa Catarina.