A Secretaria da Saúde do Paraná alerta sobre a importância da prevenção contra as DDAs, doenças diarreicas agudas, que afetam o estômago e intestino e são causadas por vírus, bactérias e parasitas. De janeiro a outubro, foram registrados mais de 389 mil casos de diarreia no Estado, com cerca de 56 mil ocorrendo em crianças de até cinco anos, grupo que requer maior atenção.
O Paraná registrou 104 surtos da doença neste ano, número superior a 2023, que teve 67 surtos e pouco mais de 357 mil notificações. Surtos ocorrem quando duas ou mais pessoas apresentam sintomas após consumir alimentos ou água contaminados, ou quando há aumento repentino de casos no município. A vacinação contra o rotavírus, disponível no SUS, é recomendada para bebês com duas doses orais: aos 2 e 4 meses.
A cobertura vacinal no Estado é de mais de 90%, ajudando a prevenir casos graves. Casos de diarreia são caracterizados por pelo menos três episódios em 24 horas, com aumento das evacuações e fezes mais líquidas. Outros sintomas incluem náuseas, vômitos, dores abdominais e febre. Em geral, a doença dura até 14 dias, mas pode ser mais grave em crianças desnutridas ou com condições crônicas de saúde.
Para investigar surtos, o Laboratório Central do Estado realiza exames de coprocultura e pesquisa molecular em amostras de pacientes. São analisados 11 tipos de bactérias, como Salmonella e E. coli, além de cinco vírus: rotavírus, norovírus, adenovírus, sapovírus e astrovírus. O volume de exames para doenças diarreicas agudas realizados pelo Laboratório Central do Paraná aumentou expressivamente este ano. Em 2023, foram analisadas cerca de mil e 500 amostras. De janeiro a setembro de 2024, esse número já ultrapassou a marca de 2 mil e 800 exames, com expectativa de aumento no verão devido à maior movimentação nas cidades turísticas e ao calor, que compromete a conservação de alimentos.
Em outubro, profissionais das Vigilâncias em Saúde da 9ª Regional de Saúde de Foz do Iguaçu participaram de capacitação sobre doenças diarreicas. Eles abordaram definições de caso, notificações e temas como diagnóstico laboratorial e transmissão hídrica e alimentar, fortalecendo a prevenção na região Oeste.
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Repórter: Gabriel Ramos/AEN-PR