Saúde capacita profissionais para aplicar vacina BCG em bebês já na maternidade

Cleomar Diesel
Maternidades de alto risco do Paraná capacitam profissionais para imunização da vacina BCG Foto: Hospital Regional do Norte Pioneiro

Mais de mil profissionais da saúde foram capacitados para administrar a vacina BCG em bebês nascidos em maternidades de alto risco, com o objetivo de garantir que os recém-nascidos saiam imunizados ao deixar a maternidade. A vacina BCG protege contra formas graves de tuberculose, e a nova estratégia visa aplicar o imunizante diretamente nas maternidades, ao invés de esperar até os 30 primeiros dias de vida, como é comum em unidades de saúde.

As equipes materno-infantil receberam treinamento com aulas teóricas e práticas para assegurar que as vacinas sejam administradas precocemente, proporcionando proteção nas primeiras semanas de vida. O secretário estadual da Saúde, Cesar Neves, ressaltou a importância da medida: “Estamos dando um novo passo no fortalecimento de uma rede assistencial, garantindo maior proteção e cobertura vacinal. A tuberculose é uma das mais antigas ameaças à saúde pública e a nova dinâmica é crucial para a eficácia da vacina.”

A iniciativa segue a proposta da Secretaria Estadual da Saúde (Sesa) na Comissão Intergestores Bipartite do Paraná (CIB/PR), que orientou os municípios a implementar a vacina nas 24 maternidades de alto risco do Estado ou que atendem pelo Sistema Único de Saúde (SUS). Até o momento, 15 dessas maternidades já qualificaram seus profissionais para a aplicação da vacina, incluindo a Mater Dei, que realiza um grande número de partos, embora não seja considerada uma unidade de alto risco.

Antes da nova implementação, apenas 13 maternidades, das quais cinco eram de alto risco, aplicavam o imunizante diretamente na unidade. A vacina BCG é conhecida por deixar uma pequena cicatriz no braço, com o processo de cicatrização variando de 6 a 12 semanas, e raramente até a 24ª semana. A ausência de cicatriz não indica falta de proteção e não é motivo para revacinação, já que estima-se que cerca de 10% dos vacinados não desenvolvam a cicatriz.

A medida visa aprimorar a cobertura vacinal e proteger os recém-nascidos desde o início de suas vidas.

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