Um caso de crueldade com animais mobilizou uma equipe de resgate em Jaraguá do Sul (SC). Um sapo cururu com a boca colada foi entregue à Fundação Jaraguaense de Meio Ambiente (Fujama). “Eu trabalho com resgate de fauna há oito anos e nunca presenciei algo parecido”, disse o biólogo Christian Raboch.
O sapo, um macho, foi entregue por uma moradora à Fujama na sexta-feira (3) dentro de uma caixa de papelão.
“Para a surpresa dela, e mais ainda nossa, esse animal estava com a boca colada. Por estar dessa forma, se a gente não fizesse nada provavelmente o bicho ia acabar morrendo porque não ia conseguir se alimentar”, relatou o biólogo.
Dessa forma, a equipe levou o anfíbio para o veterinário. “Utilizamos água morna e também óleo mineral para tentar descolar a boca dele. Depois de algum tempo, com bastante calma, felizmente a gente conseguiu abrir a boca do bicho”, contou.
O biólogo acredita que o animal estava há pouco tempo com a boca colada, já que estava aparentemente saudável. Ao remover a cola, porém, a equipe observou que a mucosa da boca do sapo estava vermelha por causa da substância usada na ação de maus-tratos.
Depois, o animal foi medicado, ficou em observação e foi solto na natureza.
Conforme o biólogo, o sapo cururu é bastante comum na região e se alimenta de insetos.