O estado de Santa Catarina confirmou o primeiro caso de morte de um mamífero por gripe aviária. O leão-marinho foi encontrado em uma praia em Garopaba, no Sul do estado, em 18 de outubro, e seu óbito foi confirmado após análises da Companhia Integrada de Desenvolvimento Agrícola Estadual (Cidasc).
Até então, o estado havia identificado a presença do vírus em aves silvestres, mas não em mamíferos. A presidente da Cidasc, Celles Regina de Matos, destacou que não há influência nos casos para a produção comercial de aves, mantendo Santa Catarina habilitada para a exportação e comercialização.
O leão-marinho foi localizado pelo Projeto de Monitoramento de Praias e acionou as autoridades responsáveis pela sanidade animal no estado. A Cidasc reforçou as orientações para evitar o contato direto com animais marinhos, especialmente lobos e leões-marinhos, e orientou as pessoas a não se aproximarem caso encontrem esses animais feridos ou descansando nas praias.
O estado de Santa Catarina está em estado de emergência zoossanitária desde julho de 2023, após a detecção do vírus da Influenza Aviária H5N1 de Alta Patogenicidade (IAAP). As autoridades estaduais têm implementado medidas rigorosas para controlar a disseminação da doença.
A Associação Catarinense de Avicultura (ACAV), a Associação Brasileira de Proteína Animal (ABPA) e o Sindicato da Indústria de Carnes e Derivados de Santa Catarina (Sindicarne-SC) afirmaram que os protocolos de biosseguridade estão em vigor, e as autoridades têm monitorado os casos em colaboração com o Ministério da Agricultura e Pecuária.
A Organização Mundial da Saúde (OMS) destaca que cozinhar carne de aves a 70ºC ou mais é uma medida segura para eliminar o vírus H5N1. A principal via de entrada do vírus em territórios é por meio de aves selvagens migratórias, e a transmissão para humanos exige contato direto ou indireto com animais infectados ou ambientes contaminados.
A situação reforça a importância da adoção de medidas preventivas, respeitando as orientações das autoridades de saúde e ambientais, para garantir a segurança pública e a preservação da fauna local.