Na última quinta-feira, 04 de agosto, o Presidente sancionou uma Medida Provisória, a MP, que libera os empréstimos consignados para os beneficiários do Auxílio Brasil; o Ministério da Cidadania afirmou que o crédito já está liberado, porém, ainda não foi regulamentado pela pasta.
Com a liberação deste crédito complementar ao benefício, uma das principais questões se refere ao valor mínimo e máximo que poderá ser sacado; conforme informações, estes valores dependerão da regulamentação que será feita pelo Ministério da Cidadania.
Todavia, é possível adiantar que não existe uma normativa sobre o valor mínimo de retirada; assim, cada instituição financeira define o menor patamar possível para a solicitação do crédito consignado do Auxílio Brasil, antigo Bolsa Família.
Por outro lado, o valor máximo para a solicitação do crédito é determinado por Lei; o patamar máximo do crédito precisa ser aquele em que as parcelas comprometam até 40% do valor mensal do Auxílio, sendo assim, o valor do desconto não poderá ser mais que R$ 160,00 mensais.
Com a sanção da Medida provisória algumas financeiras já ofertam o crédito consignado, entretanto, os maiores bancos do País ainda não decidiram se vão ou não ofertar os créditos nas suas instituições, pois, ainda não há diretrizes oficiais sobre, por exemplo, qual taxa de juros aplicar.
Até então, as taxas de juros aplicadas pelas Instituições Financeiras aos beneficiários do Auxílio Federal estão beirando os 80% ao ano; analistas econômicos afirmam que este patamar está alto, principalmente quando se considera que não existe maneira de o cidadão não pagar o crédito de volta.
Nas semanas que antecederam a sanção da MP, diversas organizações da Sociedade Civil realizaram uma espécie de campanha virtual para tentar convencer o Presidente a não sancionar a Medida Provisória do crédito consignado do Auxílio Brasil.
Pois, a população mais pobre, que mais necessita do valor do auxílio, poderia pegar os valores do crédito na ânsia de conseguir comprar comida ou pagar outras despesas emergenciais; no entanto, este mesmo público poderá contrais mais dívidas em médio e longo prazo.
Há de se observar o efeito sanfona deste tipo de benefício, pois, inicialmente, a concessão do benefício infla a população mais pobre com a liberação do crédito, depois esmaga esses mesmos beneficiários com os elevados índices de endividamento que este crédito causará às camadas mais pobre da população.
Sendo assim, ao cidadão, resta lembrar que é preciso fazer uma longa análise antes de saber se o empréstimo será vantajoso ou não; o indivíduo precisa considerar que o dinheiro não é um presente, e, que receberá o Auxílio com descontos por um longo período de tempo.