Saiba como funciona o canal de denúncias sobre ataques em escolas no País

Aly Moultaka
Imagem: Reprodução

Na última sexta-feira, 07 de abril, o Ministério da Justiça e Segurança Pública, em parceria com a SaferNet Brasil, criou um canal exclusivo para recebimento de informações de casos suspeitos de ataques a instituições de ensino em todo o Brasil.

De acordo com as informações divulgadas pela pasta, o formulário para recebimento das denúncias já está disponível no endereço www.mj.gov.br/escolasegura; o Ministério afirma que todos os conteúdos enviados serão mantidos sob sigilo.

A plataforma criada permite que as denúncias sejam investigadas de forma mais rápida e eficiente; os dados serão analisados pela equipe do Laboratório de Operações Cibernéticas da Diretoria de Operações Integradas e Inteligência, que atua no assessoramento de investigações sobre crimes virtuais no Brasil.

Ainda de acordo com o Ministério da Justiça e Segurança Pública, o grupo agora conta com 50 policiais, que irão se dedicar nos próximos dias, exclusivamente e em regime de plantão 24 horas, ao monitoramento das ameaças contra escolas na internet.

A criação do canal de denúncias é mais uma ação da Operação Escola Segura, uma mobilização em parceria com os estados para realizar ações preventivas e repressivas contra ataques nas instituições de ensino em todo o país.

Cobertura jornalísticas de ataques à escolas

Na quinta-feira, 06 de abril, o Conselho Nacional dos Direitos da Criança e do Adolescente, o Conanda, apoiou o posicionamento de veículos de imprensa brasileiros que redefiniram a cobertura jornalística de situações de violência em ambientes escolares.

Após o ataque na creche de Blumenau, veículos de imprensa orientaram seus jornalistas a noticiar as tragédias sem divulgar fotos, vídeos, nomes ou outras informações sobre os autores de ataques a escolas, nem detalhes sobre o ato em si. 

Os veículos justificaram que a mudança de posicionamento foi feita para evitar o chamado ‘efeito contágio’, detectado em pesquisas acadêmicas que atestam que esse tipo de compartilhamento midiático de informações pode levar à valorização do ato violento, dar destaque a quem comete crimes e estimular a prática de ataques semelhantes.

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