Projeto que proibe bandeiras tarifárias no setor elétrico é aprovado por comissão e segue em análise na Câmara

Redação Litorânea
Imagem: Reprodução

Na manhã desta sexta-feira, 12 de maio, a Câmara dos Deputados em Brasília publicou um artigo informando que a Comissão de Defesa do Consumidor aprovou um projeto proibindo a aplicação do sistema de bandeiras tarifárias no Setor Elétrico.

O sistema de bandeiras tarifárias foi criado em 2015 pela Agência Nacional de Energia Elétrica; o mecanismo de cálculo repassa ao consumidor eventuais aumentos nos custos da geração, devido ao acionamento de usinas termelétricas.

De acordo com as informações divulgadas, o mecanismo é adotado pela Agência Nacional de Energia Elétrica para preservar o nível dos reservatórios das usinas hidrelétricas, que produzem energia mais barata.

Diante do cenário atual, é possível afirmar que a tendência para os próximos anos é a redução da capacidade de regularização dos reservatórios das hidrelétricas, resultando na exposição do consumidor a variações da oferta hidrológica.

O sistema de bandeiras tarifárias é baseado em cores, que indicam se a tarifa de energia será maior ou menor em função das condições de geração de eletricidade; os valores arrecadados são repassados para as distribuidoras de energia elétrica.

A cor da bandeira é definida pela Agência mensalmente e é aplicada a todos os consumidores; conforme a regulação, há quatro possibilidades de bandeiras:

  • Verde: não gera nenhum acréscimo no valor da conta de luz pois reflete as condições favoráveis para geração de energia;
  • Amarela: representa condições um pouco menos favoráveis, e acrescenta R$ 0,02989 por quilowatt-hora (kWh) consumido; 
  • Vermelha: é usada para as condições ainda mais custosas de geração e apresenta dois patamares: a bandeira vermelha 1 acrescenta R$ 0,06500/kWh; 
  • Vermelha 2: R$ 0,09795/kWh.

Após a aprovação na Comissão de Defesa do Consumidor, o projeto segue em tramitação de caráter conclusivo e será analisado pelas comissões de Minas e Energia; Finanças e Tributação; e Constituição e Justiça e de Cidadania.

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