As Secretarias da Agricultura do Paraná e de Santa Catarina anunciaram, nesta sexta-feira, a suspensão temporária da retirada, comercialização e consumo de moluscos bivalves em toda a costa catarinense e na Baía de Guaratuba, no Paraná. A decisão foi motivada pela detecção de níveis elevados da ficotoxina ácido ocadaico em análises laboratoriais de ostras coletadas na região.
No Paraná, a proibição foi determinada pela Secretaria da Saúde após a Agência de Defesa Agropecuária do Paraná (ADAPAR) informar sobre a presença da toxina acima dos limites permitidos. A ficotoxina ácido ocadaico é produzida por microalgas marinhas que proliferam excessivamente durante a maré vermelha, fenômeno que altera a coloração da água do mar e pode contaminar os moluscos que se alimentam dessas algas.
O consumo de moluscos contaminados pode levar a sintomas como náuseas, dores abdominais, vômitos e diarreia. Em resposta ao risco à saúde pública, a Secretaria da Saúde proibiu, por tempo indeterminado, o comércio e consumo de moluscos bivalves (ostras, mexilhões, vieiras e berbigões) cultivados ou extraídos da Baía de Guaratuba. As Vigilâncias Sanitárias das Regionais de Saúde e dos municípios foram orientadas a apreender e inutilizar quaisquer moluscos bivalves da área afetada.
Em Santa Catarina, a Companhia Integrada de Desenvolvimento Agrícola de Santa Catarina (Cidasc) intensificará o monitoramento das águas e dos moluscos nos próximos dias. A Cidasc avaliará a situação e, se necessário, determinará as condições para a liberação da retirada, comercialização e consumo dos moluscos, garantindo que não haja risco para a saúde humana.
Ambos os estados estão comprometidos em fornecer atualizações contínuas e trabalharão para assegurar a segurança alimentar enquanto monitoram a evolução da situação.
Para mais informações e orientações, a população pode acompanhar os canais oficiais das Secretarias da Saúde e da Agricultura de ambos os estados.