Na terça-feira, 08 de agosto, docentes da Rede Municipal de Ensino de Curitiba iniciaram uma greve para pressionar a Câmara de Vereadores a revisar a proposta do plano de carreira apresentada pelo Prefeitura de Curitiba, no Estado do Paraná.
A paralisação foi marcada por uma caminhada realizada pelo Centro Cívico, na Região Central do Município, o ato foi organizado pelo Sindicato dos Servidores do Magistério Municipal de Curitiba, o Sismmac.
A greve ocorre em meio a uma nota divulgada pela Prefeitura de Curitiba informando que o Tribunal de Justiça do Paraná considerou ilegal a paralisação e determinou uma multa diária de R$ 20 mil ao Sismmac caso o movimento seja mantido.
Conforme a liminar, 100% dos profissionais do magistério devem cumprir suas atividades regularmente em todas as unidades escolares do município; a decisão também proíbe a realização de atos restritivos, sob pena de multa diária de R$ 1 mil.
De acordo com informações, apesar da decisão judicial, o Sindicato reafirmou que a greve continua e a concentração dos manifestantes ocorreu na Praça 19 de Dezembro, seguida de uma caminhada até a sede da Prefeitura.
A Secretaria Municipal de Educação informou que a paralisação afetará aproximadamente 9% das escolas municipais da cidade; contudo, o funcionamento dos 232 Centros Municipais de Educação Infantil, os CMEIs, permanece normal.
A pauta do ato gira em torno dos planos de carreira, o Sismmac contesta aspectos da proposta da Prefeitura, especialmente os mecanismos limitadores que, segundo o sindicato, dificultariam o avanço profissional dos professores.
A Comissão de Constituição e Justiça da Câmara aprovou o encaminhamento dos projetos de lei do Plano de Cargos, Carreira e Remuneração, abrangendo cerca de 10 mil servidores e propõem mecanismos de progressão horizontal e vertical limitados.