Problemas na BR-277 preocupam setor produtivo e impactam o escoamento da safra para o litoral do Paraná

Cleomar Diesel
Imagem meramente ilustrativa Foto: DER-PR

Os constantes problemas na BR-277, principal rodovia que leva ao litoral do Paraná, têm gerado preocupações no setor produtivo da região. No início deste ano, o escoamento da safra de verão foi comprometido devido às condições precárias da via. Grande parte da safra que estava destinada ao Porto de Paranaguá teve que ser redirecionada para Santa Catarina e São Paulo. Agora, surge a inquietação sobre como será o escoamento da Safra 2023/2024.

O presidente do Sistema FAEP/SENAR-PR, Ágide Meneguette, afirmou para CBN de Curitiba, que mesmo com a licitação do lote 1 do novo modelo de pedágio, é improvável que haja tempo hábil para garantir que esses episódios não se repitam na próxima temporada. As melhorias nas condições da rodovia devem ocorrer somente a partir do terceiro ano de concessão, ou seja, em 2026, quando, considerando o cenário mais positivo, estão previstas obras de duplicação, implantação de novas faixas e outras intervenções.

No ano passado, a FAEP encomendou um estudo que revelou que os recentes incidentes geológicos registrados na BR-277 e na Estrada da Graciosa, que resultaram no fechamento das vias, poderiam ter sido evitados e seus impactos minimizados se houvesse um serviço de monitoramento geológico, análise de riscos e planejamento adequado. O relatório aponta que algumas obras em andamento podem ter agravado a situação e contribuído para os deslizamentos.

Em 12 de maio, o governo federal lançou o edital para a concessão do primeiro lote de rodovias do Paraná à iniciativa privada. Se o cronograma for seguido conforme planejado, sem atrasos, espera-se que a empresa vencedora comece a operar no final de 2023. No entanto, ainda não há previsão para os demais lotes.

A situação na BR-277 é motivo de apreensão para o setor produtivo, que depende de uma via eficiente e segura para o escoamento da produção agrícola. A expectativa é de que as melhorias prometidas pelo novo modelo de concessão possam ser implementadas o mais rápido possível, a fim de evitar transtornos e prejuízos para os produtores e garantir um fluxo adequado de mercadorias para o litoral paranaense

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