PRF aponta empresário dos transportes como um dos líderes dos bloqueios em Santa Catarina

Redação Litorânea

Na última sexta-feira, 11 de setembro, a Polícia Rodoviária Federal, a PRF, enviou um documento ao Supremo Tribunal Federal, o STF, apontando um empresário dos transportes de Santa Catarina como um dos responsáveis dos atos ilegais que fecharam rodovias no Estado após a vitória de Lula, PT.

De acordo com o documento da Polícia Rodoviária Federal, o empresário Emílio Dalçoquio Neto, aliado do presidente em exercício Jair Messias Bolsonaro, do Partido Liberal, o PL; o empresário é citado no ofício como uma “liderança dos bloqueios em Itajaí”, no Litoral Norte do Estado de Santa Catarina.

O documento, datado em 03 de novembro de 2022, é assinado pelo superintendente da Polícia Rodoviária Federal de Santa Catarina, André Saul do Nascimento; com a juntada, o documento integra o processo do Superior Tribunal Federal que apura os bloqueios ilegais em Santa Catarina.

Ainda conforme o documento enviado ao Supremo Tribunal Federal pela PRF, além de Dalçoquio, outras vinte e duas pessoas são citadas como “lideranças que atuam nesses movimentos bem como [proprietários de] alguns veículos utilizados nos bloqueios”.

Emílio Dalçoquio Neto é investigado, em outro processo, por proibir que seus empregados adentrassem na empresa para realizar suas atividades durante a greve dos caminhoneiros em 2018, essa prática é conhecida como “locaute”; no processo atual, o empresário foi gravado, no dia 30 de outubro, discursando para um grupo de manifestantes pró-bolsonaro.

A fala de Dalçoquio ocorreu no mesmo dia que iniciaram as interdições em rodovias; durante a sua fala, ao convocar bloqueios “inicialmente pacíficos”, o empresário pediu para que as suas palavras fossem compartilhadas em grupos de mensagem em aplicativos de rede social.

Em uma rede social, Emílio Dalçoquio Neto se manifestou:
“Venho esclarecer que são mentirosas e caluniosas as matérias jornalísticas que estão circulando sobre empresários catarinenses e a meu respeito. Afirmo que essas matérias são falsas e apenas tentam denegrir a minha boa reputação de cidadão e empresário honrado, trabalhador, honesto e patriota. Sem provas e de forma leviana, essa parte da imprensa vem atribuindo a mim e a outros empresários a responsabilidade pelos atos populares e voluntários que vêm ocorrendo por todo país. Assim como é garantido a todo cidadão, tenho o direito de me manifestar de forma ordeira e pacífica, nos exatos limites da liberdade de expressão prevista na Constituição Federal. Meu posicionamento político é conhecido e claramente definido e, assim, dentro da estrita legalidade, sempre me expressarei para apoiar e defender a democracia, o estado democrático de direito e as liberdades individuais e coletivas previstas na Constituição do Brasil. Reafirmo, assim, a quem interessar a verdade, que não financiei, liderei, apoiei ou apoiarei qualquer ato dirigido a excessos ou ilegalidades.”
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