Na tarde da última quinta-feira, 21 de julho, o Presidente da Itália, Sergio Mattarella, dissolveu o parlamento italiano após o ex-primeiro-ministro, Mario Draghi, entregar a formalização do seu pedido de renúncia ao cargo; a dissolução do Parlamento acelera e antecipa o processo de eleições no País.
Ainda na quinta-feira, o ex-primeiro-ministro entregou o seu pedido de renúncia ao Presidente após a ruptura na coalizão do seu Governo; tal ruptura mergulhou o país em uma série de turbulências políticas que atingiram os mercados financeiros trazendo insegurança para o País.
Durante um pronunciamento oficial, Matarella afirmou que a eleição deve ser realizada dentro de 70 dias; na coletiva o Presidente alegou que: “O período pelo qual estamos passando não permite nenhuma pausa na ação [do governo] necessária para combater a crise econômica e social e a inflação crescente”.
A coalizão da gestão de Draghi desmoronou quando três dos seus principais parceiros rejeitaram um voto de confiança que ele havia solicitado para o Parlamento visando acabar com as divisões internas no Governo afim de renovar sua aliança que apresentava claras fragmentações.
A crise política acabou com meses de estabilidade na Itália, durante os quais, o ex-primeiro-priministro ajudou a moldar a dura resposta da Europa à invasão da Ucrãnia pela Rússia e impulsionou a posição do país nos mercados financeiros internacionais.