Na última quinta-feira, 07 de julho, o Presidente da Câmara dos Deputados, Arthur Lira, do Partido Progressistas, decidiu adiar para terça-feira, 12 de julho, a votação da polêmica PEC dos Auxílios; o texto da Proposta de Emenda à Constituição prevê o pagamento de diversos benefícios em ano eleitoral.
Caso aprovada, a proposição aumentará o valor do Auxílio Brasil de R$ 400,00 para R$ 600,00; do vale-gás de R$ 53,00 para R$ 120,00 a cada dois meses; além disso, a proposta cria um auxílio no valor de R$ 1.000,00 para caminhoneiros; a PEC também determina a criação de um auxílio para Taxistas, todavia, o valor deste ainda não foi divulgado pelo Governo.
A polêmica em torno dessa PEC, que fura o teto de gastos, se dá por conta do caráter eleitoreiro da mesma, pois, de acordo com o texto da Proposta, ela terá validade apenas até o mês de dezembro deste ano, ou seja, os benefícios deixarão de ser pagos dois meses após o término das eleições majoritárias.
Além dos benefícios supracitados, a PEC também determina a gratuidade de idosos no transporte público e subsídios para o etanol; também serão disponibilizados 500 milhões de Reais para o programa Alimenta Brasil. Ao todo, estima-se que o custo de todas as ações gira em torno de 41,25 bilhões de Reais.
Na avaliação de Arthur Lira, que integra a base governista, era arriscado votar o texto da PEC com apenas 427 Deputados presentes; para ser aprovada em plenário, a Proposta de Emenda à Constituição precisa ter o apoio de pelo menos 308 dos 513 Deputados, o texto só é aprovado após a votação em dois turnos.
Essa decisão do Presidente da Casa ocorreu após a aprovação da PEC na Comissão Especial da Câmara, depois de ser aprovada no Senados; os Deputados rejeitaram todos os destaques que poderiam alterar o texto final da Comissão que analisará a PEC.