Um policial civil foi sentenciado por fornecer informações sigilosas a uma organização criminosa na região. A decisão da 2ª Vara da Comarca de Itapoá impôs ao agente de segurança pública uma pena de dois anos e quatro meses de reclusão em regime aberto, acompanhada do pagamento de 12 dias-multa, totalizando R$ 1.056.
A condenação foi resultado de uma denúncia apresentada pelo Ministério Público de Santa Catarina (MP-SC), que revelou o envolvimento do policial em repassar informações estratégicas de investigações contra uma organização criminosa em Itapoá.
O policial, cujo nome não foi divulgado, pode recorrer em liberdade, enquanto o Ministério Público já iniciou o processo de apelação, buscando aumentar a pena e alterar o regime inicial de cumprimento.
O crime veio à tona durante uma investigação conduzida pelo Grupo de Atuação Especial de Combate ao Crime Organizado (GAECO) em 2015. O agente da Polícia Civil estava fornecendo ao grupo criminoso informações sigilosas, acessíveis apenas às forças policiais e outras instituições credenciadas pela Secretaria de Segurança Pública de Santa Catarina.
O processo detalha que em 1º de dezembro de 2015, o policial, estando na Delegacia de Polícia de Itapoá, entrou em contato com um indivíduo, revelando detalhes sobre uma investigação em curso. Esta comunicação foi interceptada, tornando-se uma prova crucial contra o policial.
Em uma segunda instância, entre os dias 27 e 28 de fevereiro de 2016, o acusado manteve um contato pessoal com a esposa do indivíduo informado anteriormente, dentro da Delegacia de Polícia. Nesse encontro, ele revelou informações sobre a ausência de novas investigações e mandados de prisão contra os líderes da organização criminosa local.
A condenação destaca o compromisso das autoridades em preservar a integridade das investigações e a confiança da comunidade na aplicação da justiça.