Polícia investiga caso de homem que carregou o corpo da mãe em cadeira de rodas pelas ruas de Campinho, na Zona Oeste

Biatriz Borges David
Foto: Redes Sociais

Uma cena chamou a atenção de moradores da comunidade Bateau Mouche, na Praça Seca, na Zona Oeste do Rio, nesta quarta-feira. Um filho estava carregando a mãe morta, já em estado de decomposição, em uma cadeira de rodas, nas proximidades da rua Cândido Benício. Aurora Marques, de 100 anos, morreu de causas naturais e o filho estava andando com ela pela região. A Polícia Civil investiga o caso.

A Polícia Civil realizou uma perícia no local, e o corpo foi encaminhado para o Instituto Médico-Legal (IML) do Centro do Rio. A Polícia Militar informou que “agentes do 18º BPM (Jacarepaguá) foram acionados para uma ocorrência de encontro de cadáver na Rua Cândido Benício, no Campinho”. Chegando ao local, a perícia foi acionada.

Em depoimento na 28ª DP (Campinho), o filho afirmou que mora na comunidade do Bateau Mouche e que foi ameaçado de ser expulso do local no dia 7 de janeiro. Desde então, segundo ele, sua mãe não conseguia mais andar. O homem contou que, na terça-feira, Aurora estava na cama quando reclamou que estava passando mal. Ele relata que a idosa teve um mal súbito e morreu em seguida.

Ainda no depoimento obtido, o homem disse que ligou para o Serviço de Atendimento Móvel de Urgência (Samu). A emergência só teria ido ao local depois do segundo contato. Ao chegar na casa, uma médica teria atestado o óbito e dito que o Serviço Social iria buscar o corpo. Com a suposta demora, o filho decidiu colocar o corpo da mãe na cadeira de rodas e levá-lo até o Centro de Referência de Assistência Social (CRAS) da Praça Seca.

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