Polícia descobre caso de cárcere privado e agressões em Pontal do Paraná

Cleomar Diesel
Foto Ilustrativa: Arquivo PMPR

No último Dia dos Namorados, 12 de junho, a polícia foi acionada para investigar uma denúncia de lesão corporal em uma residência no balneário Carmery, em Pontal do Paraná. Ao chegar ao local, os policiais se depararam com uma situação de extrema gravidade.

Após chamarem por alguém dentro da casa e não obterem resposta, ouviram gritos desesperados e barulhos de objetos sendo quebrados. Diante disso, decidiram adentrar o quintal, onde encontraram uma mulher de 46 anos em estado visivelmente abalado. Ela relatou estar sendo mantida em cárcere privado em sua própria residência, sofrendo ameaças e agressões físicas severas utilizando facas e pedaços de madeira. Os agressores ainda tentaram asfixiá-la ao incendiarem um colchão e trancá-la em um quarto.

A vítima explicou que os agressores buscavam forçá-la a assinar documentos para a venda de sua casa por um valor irrisório de R$10 mil. Ao resistir à pressão, as agressões começaram.

Durante a intervenção policial, um homem de 38 anos, percebendo que a vítima poderia denunciá-lo, tentou fugir, mas foi contido e acabou resistindo à prisão, o que resultou em uma luta corporal com os policiais.

O caso também envolve um segundo homem, de 46 anos, que trabalha em uma bicicletaria próxima ao local. Ele confirmou ter presenciado as agressões, porém negou qualquer envolvimento direto, alegando temor pelo agressor.

Todos os envolvidos foram encaminhados à Unidade Básica de Saúde do balneário Shangri-lá para atendimento médico. A vítima apresentava dores decorrentes das agressões, o agressor tinha ferimentos resultantes do confronto com os policiais, e um dos policiais sofreu inchaço na mão durante a abordagem.

Na UBS, o agressor ainda proferiu ameaças à equipe policial, mencionando ser sobrinho de um político influente em Pontal do Paraná.

Após o atendimento médico, todos foram conduzidos à Delegacia de Polícia Civil do balneário Ipanema para os procedimentos legais. A Polícia Civil já está investigando o caso para assegurar justiça e proteção à vítima.

Fonte: PMPR – 5º Cia 9º BPM

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