Polícia Civil suspeita de envolvimento de mais pessoas no desaparecimento de adolescente grávida no Paraná

Cleomar Diesel

A Polícia Civil investiga a possibilidade de mais pessoas estarem envolvidas no desaparecimento de Isis Victoria Mizerski, uma adolescente grávida de 17 anos que não é vista desde o dia 6 de junho. A informação foi confirmada pelo delegado Jonas Avelar, responsável pelo caso.

Isis, moradora de Tibagi, cidade nos Campos Gerais do Paraná, desapareceu após sair para se encontrar com Marcos Vagner de Souza, vigilante e apontado como pai do bebê que ela está esperando. Marcos está preso e nega qualquer envolvimento no crime. “Preferimos não divulgar detalhes sobre os novos suspeitos para não comprometer as investigações,” afirmou o delegado.

Marcos foi ouvido antes de ser preso e, desde sua detenção em 17 de junho, não foi mais interrogado. O delegado Avelar aguarda o resultado de perícias e diligências para obter mais subsídios antes de um novo interrogatório.

Nesta quarta-feira (26), o Corpo de Bombeiros retomou as buscas por Isis, com foco nas margens dos rios entre Tibagi e Telêmaco Borba, devido a denúncias anônimas recebidas pela Polícia Civil.

Histórico do Caso

Isis teve um relacionamento amoroso com Marcos e engravidou, embora não tivesse revelado a gravidez para todos os familiares. Na noite de seu desaparecimento, ela planejava contar à mãe sobre a gestação, apesar de Marcos ter sugerido que ela fizesse um aborto.

Em seu primeiro depoimento, no dia 10 de junho, Marcos confirmou ter se encontrado com Isis no dia do desaparecimento, alegando tê-la deixado em uma vila da cidade. A polícia apreendeu celulares e outros pertences de Marcos, e um mandado de prisão foi expedido no dia 14 de junho. Ele se entregou três dias depois e está preso desde então.

A Polícia Civil não divulgou detalhes adicionais sobre os depoimentos e investigações em andamento. Testemunhas afirmaram que Marcos estava procurando adquirir remédio abortivo antes do desaparecimento, e a última localização do celular dele coincide com a do celular de Isis.

Declarações

A defesa de Marcos, representada pelo advogado Renato Tauille, insiste na inocência do vigilante, afirmando que ele deixou Isis em uma vila e que não há provas de seu envolvimento em qualquer crime.

“A Polícia Civil segue investigando o caso e realizando todas as diligências cabíveis a fim de localizar a vítima e esclarecer os fatos,” declarou a corporação em nota.

Compartilhe este Artigo