Nesta terça-feira (23), a Polícia Civil de Santa Catarina, através da Delegacia de Combate ao Crime Organizado (DECRIM), iniciou uma investigação para apurar a chegada de um ônibus, proveniente da Bahia, que trouxe aproximadamente 40 pessoas em situação de vulnerabilidade para Florianópolis.
O inquérito policial tem como foco a apuração de crimes relacionados ao tráfico de pessoas, transporte clandestino e identificação dos responsáveis pelo envio das pessoas para Santa Catarina.
O caso começou a ganhar destaque na quinta-feira (04), quando Rodrigo Marques, presidente do Conselho Comunitário de Segurança (Conseg), recebeu denúncias sobre a chegada de um possível ônibus de turismo desembarcando famílias, idosos e jovens em uma via pública da capital catarinense.
Segundo informações do presidente, os passageiros em situação de vulnerabilidade social vieram do município de Teofilândia, na Bahia, desembarcando entre o Titri (Terminal de Integração da Trindade) e o CIC (Centro Integrado de Cultura). Além disso, chamou a atenção o fato de nenhum dos passageiros possuir passagem de retorno.
Rodrigo Marques ressaltou a dificuldade enfrentada por essas pessoas: “Essas pessoas chegam sem nenhuma condição de ficar na cidade, sem condição financeira e social de permanecer e acabam indo para comunidades carentes.”
O Ministério Público de Santa Catarina (MPSC) está envolvido na investigação, realizando uma força-tarefa nas ruas. Há suspeitas de que essa não seja a primeira vez que a empresa de turismo realiza esse tipo de viagem.
O MPSC expressou preocupação com a forma como os passageiros entraram na cidade, desembarcando em via pública. Além disso, notificaram o município de Teofilândia e a empresa Daniel Turismo. Em resposta ao SCC, o proprietário da empresa afirmou que os passageiros eram “todos trabalhadores e moradores de Floripa”, negando qualquer vínculo com a prefeitura de Teofilândia. “Nunca teve nada com a prefeitura de Teofilândia, são todos passageiros que eu faço viagem”, declarou o dono da empresa.